No vinho também é preciso espírito competitivo
“A vinha começou quase como uma brincadeira” quando José Armindo Ferraz deixou o futebol. Ao leme da Pecado Capital, descobriu que “no vinho também é fundamental ter espírito competitivo”.
Da vinha ao vestuário e moda e ao futebol, José Armindo Ferraz é um empresário focado e competitivo. Pelo meio, ainda arranja tempo para as funções como cônsul da República da Moldova ou umas partidas de golfe com os amigos. Hoje sobretudo envolvido na actividade empresarial, com marcas firmadas na produção têxtil, também elas diversificadas, como a Dr. Kid, de moda infantil, ou a Skylab, focada na área clínica e hospitalar, mas antes disso já era produtor de vinho, sob a marca Pecado Capital, depois de ter brilhado nos relvados do pontapé na bola.
Com adega e vinhas em Vila Boa de Quires, Marco de Canaveses, Ferraz explica como se deixou contaminar por este pecado. “A vinha começou quase como uma brincadeira quando deixei o futebol. Já tinha vinho, com as uvas das ramadas e árvores em enforcado, decidi que o melhor era fazer as coisas a sério e criar uma marca. Tal como nas empresas, no vinho também é fundamental ter espírito competitivo”, discorre o antigo avançado que começou no Marco e passou por clubes como Boavista, Campomaiorense e Penafiel.
Pelo meio, protagonizou ainda aquela que terá sido a primeira transferência para o futebol inglês, para o Bolton, “na altura foi também o Dominguez para o Birmingham, mas nem sei se foi primeiro ou depois”, conta o homem que hoje se entusiasma com o seu Pecado Capital. E não é caso para menos, já que as últimas colheitas têm sido consecutivamente premiadas no concurso anual da Região Demarcada dos Vinhos Verdes.
Gosta de dizer que o vinho é apenas um “hobby que entusiasma”, mas basta ver o rigor no cuidado com que são tratados os 4,5 hectares de vinha ou a adega recheada com os mais modernos equipamentos e tecnologias, e depressa se conclui que tudo é encarado com grande profissionalismo e espírito competitivo.
Depois do consumo na região, com os prémios e reconhecimento, o Pecado Capital chega agora também a restaurantes e garrafeiras de Lisboa e Porto e tem já também um vendedor em Espanha. Os planos de crescimento passam agora pelo enoturismo e a reconversão do antigo casario da quinta numa moderna unidade de alojamento local.
Este artigo foi publicado na edição n.º 13 da revista Singular.
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