Número de visitantes da Feira do Livro do Porto volta a subir: foram 220 mil em 2024

Número representa subida de 18% face ao número registado em 2023.

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Presidente da Câmara do Porto e ministra da Cultura em visita na Feira do Livro ESTELA SILVA / LUSA
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A edição de 2024 da Feira do Livro do Porto, que terminou este domingo, 8 de Setembro, aumentou em 18% o número de visitantes, em linha com o ocorrido em 2023, superando as 220 mil pessoas, anunciou a Câmara Municipal. No total, e face aos 188.869 contabilizados em 2023, o número de visitantes cresceu para 222.958, assinalou a autarquia, que organiza o evento.

Em declarações à Lusa, o presidente da câmara do Porto, Rui Moreira, interpretou o facto de a feira continuar a aumentar de ano para ano o número de visitantes pelo facto de a autarquia "parecer saber interpretar o que as pessoas querem". Reportando-se aos números contabilizados, o autarca considerou que o aumento verificado "é muito impressionante na medida em que, no ano passado, o [crescimento] tinha sido muito bem-sucedido [20%]".

"Fui lá umas seis ou sete vezes e percebi que as pessoas estavam satisfeitas, acho que as acessibilidades dos stands foi uma coisa de que as pessoas gostaram muito. Bem sei que este ano não tivemos chuva, felizmente, o que é uma coisa estranha porque a feira do livro tem essa tradição", relatou Rui Moreira, a partir do evento que este ano teve 130 bancas de livreiros, alfarrabistas e editores nacionais e estrangeiros e centenas de actividades programadas.

Moreira prosseguiu: "Outra coisa que as pessoas gostaram muito foram as actividades para as crianças, ou seja, parece que conseguimos equilibrar a feira propriamente dita - em que o que queremos é que quem lá vá venda livros -, com as actividades culturais que depois desenvolvemos e as actividades para as crianças, que atraem um público muito importante".

Enfatizando que "foi bom perceber" que, "mais do que uma feira do livro, o Porto tem um festival literário para todos os públicos", o autarca afirma-se descansado quanto ao futuro da feira neste modelo, apesar de o seu mandato na autarquia terminar no final de 2025.

"No próximo ano, o modelo da feira do livro ainda será da minha responsabilidade, portanto será igual, mas depois quem vier terá de decidir se continua a organizar sozinho ou com a APEL [Associação Portuguesa de Editores e Livreiros]. Aliás, temos tido conversas com os novos administradores da APEL, que vêem interesse em reatar uma relação com a câmara que eles interromperam lá atrás", revelou.

E prosseguiu: "O que me parece importante é que já se criou uma dinâmica em que ninguém vai permitir que não haja feira do livro e isso tranquiliza-me".

Sobre a existência de modelos alternativos, Rui Moreira não vê impedimento em que o certame volte a ter a APEL como parceira: "Não há nenhum problema".

"Quem vier depois de mim terá um ano para pensar o que quer fazer e com certeza que fará as suas escolhas. Tenho a certeza que não fará igual, seria péssimo que fizesse igual, é bom que faça diferente porque a vida das cidades é feita dessas diferenças", concluiu Rui Moreira.

O executivo liderado por Moreira (eleito pela primeira vez para o cargo em 2013) assumiu a organização da Feira do Livro do Porto em 2014, devido a um diferendo com a APEL quanto aos custos da iniciativa, levando à criação do modelo que se mantém até hoje.