Paralímpicos: Cristina Gonçalves chega a Lisboa com “sensação extraordinária”

Cristina Gonçalves, que conquistou a medalha de ouro na categoria feminina BC2, modalidade boccia, chegou a Portugal na sexta-feira à noite. Assume que vai desfrutar, “mas é para continuar”.

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Cristina Gonçalves chega a Lisboa com “sensação extraordinária” JOS?? SENA GOUL??O / LUSA
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A atleta portuguesa de boccia Cristina Gonçalves, que conquistou a medalha de ouro na categoria feminina de BC2 nos Jogos Paralímpicos Paris 2024, chegou na noite de sexta-feira a Lisboa com uma "sensação extraordinária" após trabalho de quatro anos.

"É maravilhoso, uma sensação extraordinária. É o trabalho de quatro anos, com muita ajuda do treinador, da assistente e de todos na selecção nacional", expressou Cristina Gonçalves, que chegou ao aeroporto Humberto Delgado de medalha ao peito.

Recebida por dezenas de pessoas, nomeadamente da Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa (APCL), cujas instalações a recebem há mais de 20 anos, Cristina Gonçalves mostrou, desde o primeiro momento, a sua felicidade pela recepção no aeroporto, com a atleta a dizer o que a levou a vencer a quarta medalha, mas a primeira a título individual.

Cristina Gonçalves foi recebida em Lisboa, no Aeroporto Humberto Delgado, em grande furor JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
A atleta admitiu que a chegada foi uma "sensação fantástica" JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
Cristina Gonçalves conquistou a medalha de ouro na prova feminina de boccia BC2 nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
Chegou acompanhada de outros atletas portugueses de boccia JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
Portugal já acumula sete medalhas nesta edição dos Jogos Paralímpicos JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
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Cristina Gonçalves foi recebida em Lisboa, no Aeroporto Humberto Delgado, em grande furor JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

"É ter força e nunca desistir. É lutar até ao fim, e nós conseguimos. Temos de lutar até ao fim", reforçou, perante os aplausos e os gritos dos seus amigos, igualmente felizes.

Cristina Gonçalves, de 46 anos, arrebatou a medalha de ouro na prova feminina BC2 de boccia no domingo, a sua primeira a nível individual depois das medalhas de ouro, em Atenas 2004, prata, em Pequim 2008, e bronze, no Rio 2016, todas em equipa BC1/BC2.

Consigo, também chegou André Ramos, quinto classificado na prova masculina e que também participou na competição colectiva com Cristina Gonçalves, para além de David Araújo, embora com duas derrotas na fase de grupos a ditarem a eliminação precoce.

O treinador Hélder Bruno, que acompanha Cristina Gonçalves "há cerca de 20 anos" e assumiu o cargo de técnico principal há oito, também marcou presença na chegada da sua pupila e destacou as principais qualidades que a levam à conquista dos resultados.

"A Cristina é uma atleta lutadora, está sempre concentrada em termos competitivos. É muito simples em termos de trabalho. Após um ano muito exigente, conseguiu atingir os objectivos propostos", frisou, apontando ainda a motivação com que se encontrava.

Sobre o próximo ciclo olímpico, rumo a Los Angeles 2028, Cristina Gonçalves sublinhou que "agora é desfrutar, mas é para continuar", algo que é corroborado pelo treinador. "Penso que a Cristina, depois deste resultado excelente, tem todas as possibilidades de continuar a proporcionar resultados importantes para ela e para o país", considerou.

Em Paris 2024, Portugal contabiliza sete medalhas: duas de ouro, de Cristina Gonçalves e do atleta Miguel Monteiro (lançamento do peso F40), uma de prata, do atleta Sandro Baessa (1.500 metros T20), e quatro de bronze, do nadador Diogo Cancela (200 metros estilos SM8), do ciclista Luís Costa (contra-relógio H5), do judoca Djibrilo Iafa (-73kg J1) e de Carolina Duarte (400 metros T13).