Judiciária descobre coca disfarçada de farinha de soja na maior apreensão do ano

Com os 2952 quilos apreendidos em Junho na mesma investigação, valor do produto no mercado ascenderia aos 65 milhões de euros.

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Intitulada Tártaro, a operação policial contou com a colaboração da Autoridade Tributária Daniel Rocha
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A Polícia Judiciária anunciou a apreensão de mais de 3600 quilos de cocaína num armazém da região de Leiria. A droga chegou por via marítima, no interior de um contentor de farinha de soja, proveniente do Paraguai.

Na mesma investigação já tinham sido apreendidos, em Junho passado, pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes mais 2952 quilos do mesmo produto dissimulada em contentores de bananas. “Caso as 6,5 toneladas de droga chegassem aos circuitos ilícitos de distribuição, seria suficiente para a composição de pelo menos 65 milhões de doses individuais de cocaína”, contabiliza a Polícia Judiciária em comunicado, adiantando que desta vez foram detidos três homens de nacionalidade portuguesa, suspeitos de integrarem uma organização criminosa transnacional dedicada à introdução de grandes quantidades deste tipo de estupefaciente no continente europeu. Nenhum deles tinha cadastro nesta área.

O valor de mercado estimado das apreensões ascende aos 65 milhões de euros. Mesmo tendo em conta apenas as 3,6 toneladas descobertas esta semana, trata-se da maior apreensão do ano.

A apreensão de Junho foi feita num armazém na região de Lisboa, pertencente a uma empresa que havia importado legalmente a fruta da Costa Rica. Ao contrário do que sucedeu com os importadores da farinha de soja, que se destinava a rações, esta primeira firma era alheia ao esquema criminoso. Intitulada Tártaro, a operação policial desencadeada esta semana contou com a colaboração da Autoridade Tributária e incluiu ainda a apreensão de apreensão de vários automóveis de alta gama. A Judiciária recorre habitualmente aos equipamentos de scanner desta entidade para inspeccionar o conteúdo dos contentores antes de os abrir.

A investigação ainda não terminou, sendo expectáveis mais detenções.

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