Sismo em Portugal: Protecção Civil afasta risco de tsunami

Foram sentidas seis réplicas até ao momento, mas magnitude do sismo inicial não foi suficiente para emitir aviso de tsunami. Responsáveis tranquilizam população.

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Sentidas seis réplicas após sismo de 5,3 na escala de Richter Reuters
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O abalo foi considerável, sentido de norte a sul, mas, apesar de o sismo ter nascido no mar, as autoridades afastam o risco de tsunami. Portugal continental foi acordado às 5h11 desta segunda-feira, 26 de Agosto, com um sismo de 5,3 na escala de Richter. O epicentro foi a 60 quilómetros a oeste de Sines e a 10,7 quilómetros de profundidade. Tendo afectado especialmente a zona Sul do país, há já vários relatos a confirmar que o abalo foi sentido um pouco por todo o território.

"Não houve o receio [de tsunami], até porque os dados científicos dizem que só há esse aviso a partir de 6 na escala de Richter. O sismo foi de 5,3 e não houve essa necessidade. Houve também uma notificação do centro europeu a dizer que, de facto, não era necessário tomar mais nenhuma medida relativamente a esse risco", explicou André Fernandes, comandante nacional da Protecção Civil.

Às 8h, a Protecção Civil fez um briefing para informar a população das conclusões retiradas nas primeiras horas após o sismo. Não se registam, de momento, danos pessoais ou materiais. Após as 5h11, as autoridades registaram um pico de contactos de cidadãos que procuravam explicações para o abalo e recomendações.

"Até à data, não há registo de danos pessoais ou materiais. Tivemos um pico de chamadas, em particular nas corporações de bombeiros, que deram as informações e recomendações para este tipo de situações. Entrámos numa fase de monitorização. Até à data, foram sentidas mais três réplicas: 1,2 na escala de Richter, a segunda de 1,1 e a terceira de 0,9. Continuamos a acompanhar a situação e, se se justificar, emitiremos novos avisos e comunicados", prosseguiu André Fernandes. Depois da conferência de imprensa, e até às 12h, foram sentidas mais três réplicas, num total de seis, de magnitude muito inferior ao sismo inicial.

Poder político reúne-se

A Presidência já adiantou que está a monitorizar atentamente a situação. “O Presidente da República tem estado a acompanhar a situação com o primeiro-ministro em exercício, e irão reunir-se em Belém, logo após o briefing que irá decorrer na Protecção Civil”, pode ler-se na nota publicada por Belém.

Também o Governo já informou que Paulo Rangel, na condição de primeiro-ministro em funções, se reunirá com a Protecção Civil. A reunião entre Rangel e Marcelo deverá decorrer da parte da manhã.

Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que várias autoridades estão a trabalhar em conjunto, garantindo que nenhuma informação será sonegada. O Presidente da República esteve em directo na SIC Notícias, elogiando o papel da Protecção Civil após o sismo, considerando que a população portuguesa se deve manter tranquila. "Vamos verificar primeiro qual é a natureza do sismo. Até agora, não tem havido réplicas; vamos verificar se vão existir ou não", adianta o responsável.


Notícia actualizada às 18h15 com informação sobre novas réplicas

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