Pedro Nuno defende que “é preciso corrigir aquilo que não correu bem” nos incêndios na Madeira

“Das informações que vamos obtendo, seja a partir da Madeira, seja o que vamos acompanhando no continente, é cada vez mais claro que as coisas não correram bem”, afirmou.

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O líder socialista falava aos jornalistas, em Grândola, no distrito de Setúbal Nuno Ferreira Santos
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O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu nesta sexta-feira que é preciso "corrigir aquilo que não correu bem" no incêndio na Madeira, considerando ser importante "fazer a avaliação" dos acontecimentos para que sejam "tomadas medidas".

"O que para nós é importante é que a cada catástrofe, a cada incêndio muito grave, se devam apurar o que aconteceu porque das informações que vamos obtendo, seja a partir da Madeira, seja o que vamos acompanhando no continente, é cada vez mais claro que as coisas não correram bem", afirmou.

Para o líder socialista, que falava aos jornalistas, em Grândola, no distrito de Setúbal, durante uma visita que efectuou à Feira de Agosto, que se realiza até à próxima segunda-feira, é preciso "estudar, ouvir, discutir" para, mais tarde, "corrigir aquilo que não correu bem".

Pedro Nuno Santos disse que o único objectivo do PS é ter "esse debate" para fazer "a avaliação sobre o que correu mal" na Madeira, para que o país se possa preparar "melhor para o futuro", poucas horas depois de o PS pedir a audição parlamentar urgente da ministra da Administração Interna e de outros responsáveis para debater o incêndio na Madeira.

"No Continente tivemos uma catástrofe, há poucos anos, e retiraram-se daí lições muito importantes, foram tomadas medidas que nos têm ajudado ao longo destes anos a não ter situações semelhantes à que tivemos em 2017", sublinhou.

Por isso, para o secretário-geral do PS, também com o incêndio na Madeira que deflagrou no dia 14 deste mês, é necessário "perceber como é que as coisas correram, se correram bem, se correram mal".

"O PS na Madeira já anunciou que ia requerer uma Comissão Parlamentar de Inquérito [e] nós, no quadro nacional, temos também de perceber como decorreu a articulação entre as entidades regionais e as autoridades nacionais", considerou.

Questionado sobre a avaliação que faz da actuação dos meios no terreno, Pedro Nuno Santos, reiterou que o PS quer "ouvir as pessoas para perceber o que aconteceu" e, "se alguma coisa correu mal", poder tirar "as conclusões".

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de Agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.