Cabaz alimentar baixa quase 10 euros desde Janeiro, mas preços ainda estão perto de máximos

O cabaz de alimentos analisado pela Deco Proteste, que reúne 63 bens essenciais, está nos 226 euros. É menos do que no início deste ano, mas mantém-se acima dos valores de 2023 e 2022.

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Azeite e bacalhau são dois dos alimentos que mais encareceram este ano Daniel Rocha
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A inflação dos produtos alimentares tem vindo a abrandar ao longo deste ano e, desde Janeiro, o cabaz de alimentos essenciais está quase 10 euros mais barato. É um alívio ténue para a carteira das famílias, que continuam a suportar preços em níveis historicamente elevados. Quando a comparação é feita com o ano passado, os preços continuam, hoje, a ser 6% superiores ao que se verificava então; já em relação ao início da guerra na Ucrânia, um dos factores que espoletaram a aceleração da inflação, a diferença ainda é superior a 20%.

As contas são feitas com base na evolução dos preços do cabaz de bens alimentares essenciais acompanhado pela Deco Proteste. Desde Janeiro de 2022 que esta associação de defesa dos direitos dos consumidores analisa, semanalmente, os preços de um conjunto de 63 produtos que compõem um cabaz de bens essenciais, calculando o preço médio destes produtos com base nos valores anunciados em todos os supermercados que têm loja online. Entre os produtos considerados estão, por exemplo, frango, peru, carapau, pescada, arroz, esparguete, leite, queijo, maçãs ou bananas.

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A análise mais recente, relativa a 21 de Agosto de 2024, mostra que, nessa data, este cabaz tinha um custo de 226,45 euros. Este valor representa um aumento de 2,63 euros em relação à semana anterior, mas uma queda de 9,59 euros face à primeira semana deste ano, que tem como referência a data de 3 de Janeiro. Está, também, muito abaixo do pico registado ainda no início do ano, a 10 de Janeiro, quando o preço do cabaz atingiu os 243,79 euros.

Os valores continuam, ainda assim, acima dos anos anteriores. Em relação à mesma semana de Agosto do ano passado, este cabaz regista um aumento de 6,12% do preço, enquanto em relação a Fevereiro de 2022 – quando teve início a guerra na Ucrânia, que veio criar disrupções nas cadeias de produção de vários bens essenciais – ainda se verifica uma subida de 23,32% dos preços.

A Deco Proteste analisa, ainda, os produtos com a variação de preço mais significativa, dando conta de subidas acentuadas, sobretudo no azeite, peixe e cereais. Em relação ao ano passado, a maior subida é a do preço do azeite (considerando uma garrafa de 75 centilitros), que aumenta em 32%, de 6,63 euros para 8,78 euros em Agosto deste ano.

A pescada fresca, os cereais, o café torrado moído, o atum em lata conservado em azeite e o bacalhau também registam todos subidas de preço superiores a 20% em relação ao ano passado.

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