O que as maternidades nos dizem sobre o país

Os governos reúnem comissões especializadas, as comissões especializadas recomendam e ficamos sensivelmente na mesma.

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Andamos nisto há pelo menos 25 anos. Chegados ao Natal, Ano Novo e depois ao verão, o abre/fecha maternidades irrompe pela agenda mediática, criando ansiedade social e produzindo um efeito pernicioso na imagem já debilitada do SNS. Escrevo 25 anos porque em 2006 foram disponibilizados ao público, pelo então ministro Correia de Campos, dois estudos, um de 1999, era ministra Maria de Belém e primeiro-ministro António Guterres, e um outro de 2004, com Luís Filipe Pereira no Governo de Durão Barroso, que advogavam soluções semelhantes: fecho de blocos e concentração de recursos. Ou seja, soluções que procuravam introduzir racionalidade e previsibilidade nas respostas de obstetrícia. Desde então, há registo de pelo menos mais quatro comissões de especialistas que chegaram sensivelmente às mesmas conclusões.

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