Já todas as unidades locais de saúde abriram concurso para contratar jovens médicos
Esta sexta-feira foram publicados em Diário da República avisos de abertura de concursos nas ULS do Alto Alentejo, da Arrábida e da Guarda, as três que ainda não tinham lançado nenhum procedimento.
As três unidades locais de saúde (ULS) que ainda não tinham aberto nenhum concurso para a contratação de jovens médicos especialistas fizeram-no esta sexta-feira. Os primeiros concursos foram lançados em meados de Julho e algumas entidades já estão em processo de assinatura de contratos e integração dos novos médicos.
Com as novas regras aplicadas este ano, e que atrasaram o processo após a homologação das notas finais do internato médico da especialidade, cabe a cada uma das entidades prestadoras de cuidados do SNS – 39 ULS e três secções do Instituto Português de Oncologia (IPO) – abrir os concursos para a contratação dos jovens médicos que terminaram a especialidade no final de Abril.
Esta sexta-feira foram publicados em Diário da República avisos de abertura de concursos nas ULS do Alto Alentejo, Arrábida e Guarda, as três que ainda não tinham lançado nenhum procedimento. A ULS do Alentejo, de onde tinham dito ao PÚBLICO estarem a aguardar pela publicação dos procedimentos, abriu esta sexta-feira o concurso para o preenchimento de 11 vagas de medicina geral e familiar. Foram também atribuídas mais 18 vagas para especialidades hospitalares.
Já a ULS da Guarda viu ser publicado o concurso para uma vaga de saúde pública - entre as várias especialidades, foram-lhe atribuídas 46 vagas – e a ULS da Arrábida divulgou os avisos de abertura de procedimentos para 19 especialidades, entre as quais 43 vagas para médicos de família.
Tal como o PÚBLICO noticiou na passada quinta-feira, sem uma regra única, não só as datas de abertura dos procedimentos são diferentes, mas também o são as formas como são feitos. Há entidades que abriram um só concurso, especificando as vagas por especialidade, outras fizeram-no em vários procedimentos e em dias diferentes ao longo do último mês. Além das três ULS anteriormente referidas, foram também publicados mais concursos de outras entidades.
Além do atraso em todo o processo de mudança de regras, sindicatos médicos como a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares identificaram problemas, nomeadamente o impacto negativo que o desfasamento no lançamento dos concursos pode ter nas escolhas dos médicos, podendo originar mais vagas sem candidatos. A dificuldade na constituição de júris para avaliar as candidaturas nas diversas especialidades foi também identificada como uma possível razão para a demora na abertura dos procedimentos.