Há bons e maus motins?
Mesmo o campeão da ação política não violenta, Martin Luther King, afirmou que “um motim é a linguagem dos que não são escutados”.
Com base numa tragédia — o assassinato de três crianças em Southport —, uma mentira amplamente difundida gerou uma onda de violência no Reino Unido, baseada na islamofobia. Os motins que têm ocorrido nas últimas semanas fazem parte de uma longa tradição de violência política, que não é exclusiva da democracia britânica. Aliás, se há elementos de novidade no protesto social violento nos nossos dias — a ausência de líderes e o papel que as redes sociais desempenham na mobilização —, há também traços de continuidade face ao passado. O que nos devolve velhas questões.
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