Trabalhadores da STCP novamente em greve a partir da meia-noite de segunda-feira

No dia 22 de Julho, os trabalhadores da STCP também cumpriram 26 horas de greve a partir da meia-noite, que segundo o coordenador do STRUN, José Manuel Silva, teve uma adesão a rondar os 75%.

Foto
Os serviços mínimos definidos pelo Tribunal Arbitral, também divulgados pelo sindicato, envolvem, no período diurno, seis viaturas na linha 205, quatro viaturas nas linhas 200 e 204 e três viaturas nas linhas 201, 207, 208 e 305 Inês Fernandes
Ouça este artigo
00:00
02:35

Os trabalhadores da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) vão fazer uma nova greve de 26 horas a partir da meia-noite de segunda-feira, divulgou o Sindicato dos Transportes Rodoviários Urbanos do Norte (STRUN). De acordo com um comunicado emitido pelo sindicato, "o STRUN legalizou nova greve nos mesmos moldes da anterior, da meia-noite de 12 de Agosto [segunda-feira] às 2h do dia 13/08/2024 [terça-feira]".

No dia 22 de Julho, os trabalhadores da STCP cumpriram 26 horas de greve a partir da meia-noite, que segundo o coordenador do STRUN, José Manuel Silva, teve uma adesão a rondar os 75%, um número não confirmado pela administração da transportadora. Segundo o comunicado do STRUN, na greve da próxima semana os serviços mínimos atribuídos "são bastante menos que os habituais", relembrando o sindicato que os trabalhadores só têm de os cumprir "se não houver trabalhadores não aderentes em número suficiente para cumprir o estabelecido pelo CES [Conselho Económico e Social]".

Os serviços mínimos definidos pelo Tribunal Arbitral, também divulgados pelo sindicato, envolvem, no período diurno, seis viaturas na linha 205, quatro viaturas nas linhas 200 e 204 e três viaturas nas linhas 201, 207, 208 e 305. Já para o período nocturno, estão abrangidos pelos serviços mínimos três viaturas nas linhas 205, 600 e 903, duas viaturas nas linhas 200, 204, 305, 502, 602, 700, 701, 702, 801 e 901/906. No período de madrugada está previsto o funcionamento normal das linhas da rede de madrugada (1M, 2M, 3M, 4M, 5M, 7M, 8M, 9M, 10M, 11M, 12M, 13M).

A primeira greve foi convocada pela alegada falta de resposta da administração a uma proposta de revisão salarial não inferior a 8%, considerando os trabalhadores insuficiente a actualização salarial efectuada pela administração da STCP - 2% em Janeiro e 4,7% em Abril. A administração da STCP assinalou que "chegou a um compromisso para o ano corrente, no passado mês de Maio, com quatro dos cinco sindicatos representativos dos seus trabalhadores". "Estes quatro sindicatos representam a maioria dos trabalhadores da empresa. O único sindicato que não assinou este compromisso foi o STRUN", acrescentou. A Lusa tentou contactar o coordenador do STRUN, mas não obteve resposta. A STCP confirmou a realização de nova greve.