Na Guiné-Bissau a música esteve na dianteira da luta

A década de 70 estava a começar quando os Cobiana Djazz cantaram Mindjeres di panu preto na Emissora Nacional, onde até então jamais se ouvira crioulo. A independência também passou por aí.

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Baterista dos Super Mama Djombo, banda mítica do período revolucionário guineense, Zé Manel tornou-se também, a solo, uma voz da consciência do país Arquivo Zé Manel Fortes
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Havia um ano que os Cobiana Djazz de José Carlos Schwarz e Aliu Bari ensaiavam, preparando um novo som, uma abordagem moderna às expressões tradicionais da música guineense. Queriam recuperar uma tradição cultural que o colonialismo ostracizara e que a vida nos centros urbanos esquecera ou menorizava, e usá-la para reflectir um novo tempo, o seu, o da luta pela libertação. Queriam gravar as suas canções, mas não tinham ao seu alcance meios técnicos ou estúdios onde o fazer. A solução veio do local mais improvável. Da Emissora Nacional em Bissau.

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