A alternativa à ameaça neofascista

A perceção de uma ameaça real do fascismo não é, em 2024, exagerada, como não o foi em 1936.

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Em 2019, o Financial Times reconhecia a lógica de classe da política fiscal do filho preferido da imprensa euroliberal: “Apesar das medidas de emergência aprovadas [um mês antes] para acalmar os protestos, os franceses que pertencem ao 1% mais rico continuam a ser de longe os principais beneficiários das políticas fiscais de Emmanuel Macron.” O Presidente liberal “acalmara” à lei da bala os protestos dos "coletes amarelos", deixando um rasto de centenas de feridos e estropiados. Não há liberalização económica sem repressão política. Macron não ficou por aqui: eliminou direitos laborais e aumentou direitos patronais, reduziu o salário indireto, com uma contrarreforma da segurança social, mas enfrentou sucessivas ondas de contestação social que ajudaram a constituir um bloco popular de rejeição da sua política.

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