E se não voltássemos a votar?

Vivemos um período em que há uma ameaça estrutural às democracias, a normalização da direita radical.

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Votem em mim e não terão de voltar a votar. A afirmação tem uma história longa e foi agora repetida por Donald Trump. Poderia parecer um dislate de campanha, uma frase dita no calor de um comício por um afamado charlatão, mas não é assim. Não só o apelo social da democracia liberal está crescentemente sobrevalorizado nas sociedades liberais, como há um caminho eleitoral que pode ser feito com a recusa da própria democracia. E não se pense nem que esse potencial está circunscrito aos Estados Unidos da América, nem que deve preocupar apenas os democratas em países com fracas credenciais liberais, como se vê, uma vez mais, na fustigada Venezuela. Já lá vamos a Portugal.

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