Biden, poder, envelhecimento e outras reflexões

Precisamos de refletir num modelo de vida em comum que glorifica o muito que os mais novos têm para oferecer esquecendo por completo o papel que os mais sábios podem ter.

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A desistência de Joe Biden da corrida à Casa Branca parece ter-nos dado razões para renovar a esperança. Um dos grandes riscos deste processo sempre foi o de o Partido Democrata, profundamente dividido entre a sua ala mais centrista e o seu bloco mais progressista, se lançar numa guerra intestina a poucos meses das eleições. Esse risco, ao contrário do que eu próprio intuía, parece agora mais distante. Não só Kamala Harris tem dado boa conta de si nestes primeiros dias de campanha, como a rapidez com que somou importantes apoios nas horas imediatamente a seguir ao seu “endorsement” por Biden tornou mais difícil o aparecimento de uma candidatura rival. Pena é que o casal Obama tenha parecido tão timorato. Era, afinal de contas, a voz que todos queriam ouvir. Justa ou injustamente, vai ser difícil apagar a ideia de que houve calculismo a mais e coragem de menos.

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