A solidão alemã

Tal como a generalidade dos seus parceiros europeus, a Alemanha não está imune a uma fragmentação política a que não estava habituada. A paralisia política em Berlim contamina Bruxelas.

Reserve as terças-feiras para ler a newsletter de Teresa de Sousa e ficar a par dos temas da actualidade global.
Ouça este artigo
00:00
07:40

1. Olaf Scholz confessava em público, há dois dias e com um largo sorriso nos lábios, a sua convicção de que Kamala Harris pode vencer as eleições americanas de Novembro. De algum modo, o chanceler alemão traduzia o alívio sentido na maioria das capitais europeias com a vertiginosa evolução dos termos em que as eleições presidenciais americanas vão decorrer. Os europeus viviam o pesadelo de ver Donald Trump cada vez mais próximo da Casa Branca, em circunstâncias europeias e mundiais ainda mais dramáticas do que as que viveram no seu primeiro mandato. A guerra está de regresso ao velho continente, com uma nova-velha ameaça permanente à sua própria segurança. Um mundo mergulhou em profunda turbulência para a qual não se quis preparar a tempo. Internamente, o regresso de uma direita nacionalista e populista, mais ou menos amiga de Trump e de Putin, ameaça a sua própria coesão.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.