Para a justiça portuguesa, a primeira violação não tem punição
Como cidadã, como eleitora, como contribuinte, como mulher, não tolero que os tribunais existam à volta, em primeiro lugar, dos direitos e interesses dos criminosos.
Desta vez foi um estudante da Universidade de Coimbra, condenado por abuso sexual de uma colega, que recebeu o prémio de uma pena de prisão suspensa por quatro anos e seis meses. As desculpas dos juízes foram as do costume: o condenado estava bem integrado e não tinha antecedentes criminais. Dizem, portanto, os juízes portugueses (não são só os deste caso a usar benevolência para violadores e afins): todos os homens têm direito ao seu primeiro crime sexual sem punição.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.