Trump prometeu a Zelensky que irá “acabar com a guerra” se voltar a ser Presidente
O ex-Presidente norte-americano e o Presidente da Ucrânia conversaram ao telefone sobre a Guerra da Ucrânia, tendo Zelensky agradecido o apoio de Trump.
O ex-Presidente norte-americano Donald Trump conversou ao telefone com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tendo-lhe prometido “acabar com a guerra” na Ucrânia se regressar à Casa Branca nas eleições presidenciais nos Estados Unidos de Novembro.
Na rede social Truth Social, o ex-Presidente dos EUA afirmou que "trará paz ao mundo e acabará com a guerra que custou tantas vidas", se for reeleito.
"Ambas as partes vão poder juntar-se e negociar um acordo que ponha fim à violência e abra caminho para a prosperidade", acrescentou ainda.
Volodymyr Zelensky, na sua página da rede social X, confirmou que tinha falado com Trump, tendo-lhe dado os parabéns por ter sido nomeado oficialmente candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos.
“Frisei o apoio vital bipartidário e bicameral (referindo-se a ambas as câmaras do Congresso norte-americano) para proteger a liberdade e a independência da nossa nação", escreveu o Presidente ucraniano, tendo acrescentado que tinham acordado discutir com Trump, "numa reunião presencial, as medidas a tomar para uma paz justa e duradoura”.
Zelensky, na publicação, condenou "a chocante tentativa de assassínio na Pensilvânia", em que Donald Trump evitou ser atingido directamente por disparos, sofrendo apenas ferimentos ligeiros na orelha direita.
Os Estados Unidos, sob a presidência de Joe Biden, são o país que mais doa à Ucrânia. No entanto, a reeleição de Trump nas eleições norte-americanas em Novembro pode pôr em risco este estatuto dos EUA e levar a um enfraquecimento da Ucrânia na guerra contra a Rússia.
A escolha de Trump de J.D. Vance para ser o seu candidato a vice-presidente aumentou ainda mais as dúvidas sobre como seria o apoio dos Estados Unidos caso o ex-Presidente seja novamente eleito, tendo Vance deixado explícito que os Estados Unidos devem deixar de passar "cheques em branco" à Ucrânia.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, já foi, várias vezes, elogiado por Trump, que afirma frequentemente que é capaz de acabar com o conflito na Ucrânia caso regresse ao cargo de Presidente dos EUA. No entanto, o ex-Presidente norte-americano nunca explicitou qual seria o seu plano de paz que resolveria esse conflito.
Viktor Orbán, conhecido aliado de Donald Trump, que visitou o ex-Presidente na sua casa em Mar-a-Lago, na Florida, afirmou na terça que Trump tinha um plano para sentar à mesa Moscovo e Kiev, caso seja eleito.
O primeiro-ministro da Hungria, país que preside ao Conselho da União Europeia no âmbito da presidência rotativa desse órgão da UE, tem sido criticado pelas visitas que realizou a Moscovo, tendo bloqueado, numa primeira instância, um pacote de ajuda militar da União Europeia à Ucrânia no valor de 50 mil milhões de euros, além de ter demonstrado proximidades com a visão vinda do Kremlin sobre a guerra na Ucrânia.