“Há acordo de princípio” para compra de 45,71% da Lusa pelo Estado
O presidente da Lusa indicou, numa reunião com os trabalhadores, que espera que o negócio “possa estar concluído até ao final deste mês”.
O presidente da Lusa, Joaquim Carreira, disse esta quinta-feira que há um "acordo de princípio" para a compra das participações que a Global Media e a Páginas Civilizadas detêm da agência.
De acordo com um comunicado da Comissão de Trabalhadores (CT) da Lusa, que hoje se reuniu com o presidente do Conselho de Administração, "o negócio não está fechado" e ainda "faltam algumas etapas" para a conclusão do negócio que envolve a compra dos 45,71% que a Global Media e a Páginas Civilizadas detêm da agência.
Joaquim Carreira sinalizou ainda, na reunião com os trabalhadores, que espera que o negócio "possa estar concluído até ao final deste mês".
A Lusa é detida em 50,15% pelo Estado, tendo como accionistas privados a Global Media (dona do Diário de Notícias, TSF, entre outros), com 23,36%, as Páginas Civilizadas, empresa do Grupo Bel, do empresário Marco Galinha, com 22,35%, a NP - Notícias de Portugal, detentora de 2,72%, e o Público, com 1,38%.
A RTP detém 0,03% da Lusa, enquanto O Primeiro de Janeiro, SA e a Empresa do Diário do Minho, Lda possuem, cada um, uma posição de 0,01% da agência noticiosa portuguesa.
O anterior Governo, chefiado por António Costa, pretendia avançar com a compra das participações da Global Media e Páginas Civilizadas, mas o negócio acabaria por falhar, tendo agora sido retomado pelo executivo de Luís Montenegro.
Quanto à assembleia geral da Lusa para eleição dos membros dos órgãos sociais para o mandato 2024-2026, suspensa em Maio, o presidente do Conselho de Administração disse que "deveria ser realizada uma nova sessão no final deste mês, mas ainda não está marcada a data e apontou para a primeira ou segunda semana de Agosto", segundo o comunicado da CT.