IL disponível para negociar OE avisa que votará contra se for semelhante aos do PS

Rui Rocha diz que o OE2025 “jamais será o orçamento do país liberal” que o partido “gostaria que fosse”, mas que a IL tentará contribuir com “medidas estruturais” e “pontuais”.

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Rui Rocha adiantou que a IL apresentará ao Governo, no âmbito do orçamento para 2025, medidas como o fim da progressividade do IRC e derramas municipais RUI MINDERICO / LUSA
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O presidente da IL afirmou esta quinta-feira que o seu partido quer contribuir com medidas para o próximo Orçamento do Estado, mas que os liberais votarão contra se a proposta for "muito próxima" das apresentadas pelos anteriores executivos do PS.

Em declarações aos jornalistas após uma reunião com a direcção da Tecnimede, empresa farmacêutica sediada em Sintra, o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, garantiu que o sentido de voto do partido em relação à lei orçamental para 2025 ainda "está em aberto" e que o partido não faz disso "nenhum drama".

Rui Rocha reconheceu que o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) "jamais será o orçamento do país liberal" que o partido "gostaria que fosse", mas que a IL tentará contribuir quer com "medidas mais estruturais", como também com "medidas mais pontuais, menos ambiciosas, que de alguma maneira poderão contribuir para melhorar este orçamento".

A IL, adiantou Rui Rocha, apresentará no encontro desta sexta-feira com Luís Montenegro no âmbito do orçamento para o próximo ano medidas como o fim da progressividade do IRC e das derramas municipais e o alívio das tributações autónomas.

Apesar da abertura, o líder dos liberais avisou o Governo de Luís Montenegro que não poderá contar com os votos favoráveis da bancada da IL caso o texto orçamental não se distinga dos apresentados pelos executivos socialistas.

"Se chegarmos à conclusão de que é um documento muito próximo daquilo que Fernando Medina, por exemplo, apresentaria se continuasse as funções, estaremos fora dessa viabilização", sublinhou Rui Rocha.

O presidente da IL criticou ainda o Chega e o PS porque, ao contrário dos liberais, "estão muito focados no drama orçamental" e não nos problemas do país.

"Há outros partidos, que nós vimos ainda ontem na discussão, que estão com medo do orçamento porque isso pode levar a eleições, se não for aprovado, e estão com medo de ir a eleições. Estou a falar concretamente do Chega. Eu vejo desorientação do lado do PS e vejo medo de eleições do lado do Chega", disse.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai receber na sexta-feira todos os partidos com assento parlamentar "sobre o Orçamento do Estado para 2025".

De acordo com uma nota à imprensa, as reuniões vão realizar-se na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento, e começarão às 10:00 com o PAN, seguindo-se Livre, PCP, BE, IL, Chega, PS e, por último, uma reunião conjunta com PSD e CDS-PP às 18:30.