O atentado contra Trump e a morte da verdade

Nas próximas semanas vamos continuar a assistir a uma escalada incessante da guerra de significados sobre o que aconteceu, movida por ódio, ressentimento e intransigência.

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Vários canais de televisão norte-americanos transmitiam em direto o último comício de Donald Trump antes da convenção nacional do Partido Republicano, quando os tiros contra o ex-Presidente foram disparados. Inevitavelmente, os mais variados canais de informação pelo mundo fora suspenderam as suas emissões para se dedicarem a este momento crítico da democracia norte-americana – e do mundo. E todos seguiram a mesma estratégia: enquanto jornalistas, especialistas e comentadores debatiam a ocorrência, os canais mostravam, em loop, o atentado. Deste modo, assim que a sequência terminava com Trump a abandonar o recinto numa carrinha, via-se outra vez o candidato no pódio tranquilamente a discursar. Tal repetição sem fim produziu uma metáfora visual profundamente irónica da política norte-americana desde que The Donald decidiu candidatar-se à Presidência dos Estados Unidos, em 2016: Trump continuamente encurralado, enquanto habilmente se salva e tudo transforma em imagens poderosas, em image-bites.

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