Secretário-geral do Sistema de Segurança Interna vai continuar no cargo

Ainda sem sucessor, Paulo Vizeu Pinheiro terá o mandato prorrogado por cerca de um mês

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Enric Vives-Rubio
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Paulo Vizeu Pinheiro, secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), vai manter-se no cargo por mais cerca de um mês. O despacho de prorrogação será publicado em Diário em República nos próximos dias, apurou o PÚBLICO, estendendo quase até ao final de Agosto o mandato do actual responsável do SSI.

Paulo Vizeu Pinheiro adia, assim, a ida para Bruxelas, onde vai assumir o cargo de Representante Permanente de Portugal junto da NATO. O secretário-geral do Sistema de Segurança Interna foi nomeado para as novas funções no início de Março, por proposta do então primeiro-ministro, António Costa, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho. Uma nomeação com efeitos à data de hoje, 16 de Julho, mas que agora fica adiada.

Tradicionalmente, o nome escolhido para o cargo de secretário-geral do Sistema de Segurança Interna é objecto de entendimento entre os dois principais partidos, pelo que o sucessor de Paulo Vizeu Pinheiro será escolhido pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, mas deverá passar também pelo crivo do secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos. Um acordo que, previsivelmente, será acertado ao longo do próximo mês, até ao final da prorrogação do mandato do actual responsável do SSI.

No início de Julho o Diário de Notícias avançou que o Sistema de Segurança Interna poderá vir a transformar-se em Agência de Segurança Nacional, com autonomia financeira (actualmente depende da secretaria-geral da Presidência do Conselho de Ministros), um novo quadro que estará a ser ponderado pelo Governo.

Paulo Vizeu Pinheiro ocupa o cargo desde Julho de 2021 (altura em que sucedeu a Helena Fazenda), completando este mês os três anos de mandato.

Diplomata, com a categoria de embaixador, Paulo Vizeu Pinheiro já esteve colocado em Washington, Moscovo e na OCDE.

Foi director-geral adjunto do Serviço de Informações Estratégicas, de Defesa e Militares (2002), director-geral interino do Serviço de Informações Estratégicas e de Defesa (2005) e director-geral de Política de Defesa Nacional (2007).

Foi também adjunto diplomático do primeiro-ministro Durão Barroso, no XV Governo, assessor diplomático de Pedro Passos Coelho no XIX Governo, e conselheiro diplomático de Durão Barroso enquanto Presidente da Comissão Europeia (2010).

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