Reforma da justiça: faltam adultos na sala

Mais do que justiceiros, moralistas ou teóricos da conspiração, os tempos reclamam adultos na sala. Infelizmente, estes parecem ser cada vez menos. E isso devia preocupar-nos a todos.

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Está hoje mais do que generalizada a inquietante sensação de que a Operação Influencer é um mero gigante com pés de barro. Devo confessar que, à luz de tudo o que até hoje sabemos, consciente de que não saberemos tudo, é também essa a minha convicção. O bom senso e a proporcionalidade, que não são incompatíveis com o dever de escrutinar e de investigar sem olhar a quem, parecem ter vindo paulatinamente a ceder terreno a um instinto populista e persecutório, a uma visão absolutamente puritana e moralista sobre o exercício de funções públicas e a uma desconfiança instintiva sobre a classe política que são tudo menos salutares (o caso do presidente da Câmara de Sines é, neste quadro, particularmente paradigmático).

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