Na economia, todos os governos fazem escolhas

O que distingue uns Estados dos outros não é tanto o facto de terem ou não adoptado medidas selectivas, mas se o fizeram de forma coerente, qualificada e consequente, prosseguindo objectivos claros.

Parece haver em Portugal quem acredite que a diferença entre esquerda e direita, no que às políticas económicas diz respeito, está na existência ou não de intervenções selectivas. Segundo esta visão, a esquerda defenderia a intervenção do Estado em actividades específicas, enquanto a direita veria essa intervenção como uma distorção indesejável dos mecanismos de mercado. Esta suposta clivagem política, se existisse de facto, seria uma bizarria portuguesa. Na verdade, a tese não cola sequer com a realidade nacional.

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