Benfica desbaratou na segunda parte o que construiu na primeira

Empate diante do Celta de Vigo (2-2) após uma noite em que Pavlidis voltou a mostrar serviço no ataque.

Foto
Pavlidis fez o terceiro golo em dois jogos pelo Benfica MANUEL FERNANDO ARAUJO / LUSA
Ouça este artigo
00:00
02:30

Dois jogos de preparação serão sempre indicadores muito curtos para tirar ilações válidas, mas já permitem deixar algumas pistas. Uma delas é que Vangelis Pavlidis está a aproveitar os primeiros minutos como jogador do Benfica para marcar posição. Neste sábado, diante do Celta de Vigo, apontou os dois golos num empate das “águias” (2-2) marcado por duas metades distintas.

Em Águeda, os “encarnados” fizeram o segundo jogo em dois dias e, por isso, Roger Schmidt promoveu algumas alterações no “onze” (saíram Florentino, Leandro Barreiro e Marcos Leonardo, entraram João Mário, Rollheiser e Prestianni). O adversário, com uma linha defensiva de cinco unidades, levantou problemas distintos dos gerados pelo Farense, mas o Benfica deu conta do recado no primeiro tempo.

Com mais iniciativa, mais bola, capacidade de circular e de jogar a um/dois toques, as “águias” chegaram à vantagem com naturalidade aos 13’, num penálti sobre Aursnes convertido por Pavlidis. Cinco minutos depois, estiveram perto de ampliar, quando o avançado grego serviu Neres para um remate frontal, mas o 2-0 chegaria mesmo, aos 28’, com os protagonistas invertidos: assistência de Neres e finalização de classe de Pavlidis.

Pelo meio, Samuel Soares (nem sempre seguro) ainda acumulou um par de erros e outro de boas defesas, mas o Benfica foi mesmo para o intervalo na frente, já a antecipar a revolução que é típica deste período da temporada e que já tinha experimentado diante do Farense.

Desta vez, porém, com o Celta a mostrar mais qualidade com bola, especialmente depois da entrada de Iago Aspas, as “águias” sentiram mais dificuldades. Fruto de uma defesa construída na equipa B (André Gomes, Leandro Santos, Gustavo Marques, Bajrami e Parente) e com menos experiência a este nível, a factura chegou em quatro minutos.

Aos 70’, Aspas aproveitou uma bola morta à entrada da área e reduziu; aos 74’, Pablo Duran, dentro da área, atirou rasteiro para o 2-2, aproveitando a passividade da defesa.

Schjelderup, um dos mais inconformados, já tinha assustado antes e voltou a protagonizar um lance de perigo depois da igualdade, tendo Marcos Leonardo também disposto de uma boa ocasião para finalizar.

Mas a equipa já não tinha o mesmo equilíbrio e controlo dos tempos do jogo que evidenciara na primeira parte e já não iria além do empate, que acaba por ilustrar uma mudança significativa de rendimento da primeira para a segunda metadde. No calendário de preparação, segue-se o Brentford, no próximo dia 25, no Estádio da Luz.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários