“Este ouro era nosso. Este ouro é do Brasil.” Será mesmo assim?

O tema das restituições não tem só um lado sério e bem-intencionado. Tem também um lado simplesmente absurdo.

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Cenário: a famosa Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra, expoente máximo do barroco, e mais uma das prodigiosas construções em talha dourada da primeira metade do século XVIII onde D. João V estourou o ouro do Brasil. Na primeira sala, ouro sobre fundo verde; na segunda sala, ouro sobre fundo vermelho; na terceira sala, ouro sobre fundo negro. Ouro, ouro, ouro. E de seguida as palavras do professor Walter Rossa, tão fascinantes quanto a Biblioteca Joanina: “É comum ouvir os turistas brasileiros comentarem: ‘Este ouro era nosso. Este ouro é do Brasil.’ Mas restituir o ouro não faz sentido nenhum, porque se iria destruir a biblioteca.”

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