Joe Biden não desiste e diz que é “a pessoa mais qualificada” para liderar os EUA
Em conferência de imprensa no final da cimeira da NATO, Presidente norte-americano foi confrontado com perguntas sobre o futuro da sua candidatura. “Estou aqui para terminar o trabalho que comecei.”
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, repetiu esta quinta-feira que não tenciona desistir da corrida por um segundo mandato na Casa Branca, apesar de todas as dúvidas sobre a sua aptidão física e mental para desempenhar o cargo por mais quatro anos e da pressão crescente entre as hostes do Partido Democrata para que ceda o lugar à vice-presidente, Kamala Harris, para assegurar a vitória e evitar a reeleição de Donald Trump, em Novembro.
Questionado sobre essa hipótese, Biden quis manifestar a sua confiança em Kamala Harris, mas acabou por cometer mais uma gaffe ao trocar o apelido da sua vice-presidente pelo do seu adversário republicano. “Eu não teria convidado a vice-presidente Trump para ser vice-presidente se não acreditasse que ela está qualificada para ser Presidente”, respondeu Biden – sem se aperceber do erro.
Mas a resposta era não. “Ainda temos muito caminho pela frente nesta campanha, e portanto vamos continuar a andar para a frente”, declarou Joe Biden, numa conferência de imprensa após a cimeira da NATO onde a primeira, segunda, terceira, e restantes perguntas foram sobre a sua candidatura. “Estou aqui para terminar o trabalho que comecei”, sublinhou, acrescentando que considera ser “a pessoa mais bem qualificada” para lidar com os desafios que os Estados Unidos – e os seus aliados – têm pela frente, a começar pela Rússia.
“Aqueles que pensavam que o tempo da NATO já tinha passado tiveram um duro despertar quando [Vladimir] Putin atacou a Ucrânia”, observou, lembrando que quando as forças russas invadiram o país, o seu adversário, Donald Trump, classificou o momento como “genial” e “maravilhoso”.
O mesmo adversário que “já disse que não se sente comprometido com a NATO” e não está disponível a defender os seus aliados. “Eu nunca me curvarei a Putin. Eu continuarei a tornar a NATO forte. É uma questão de segurança nacional”, vincou.
“A questão é: estamos mais seguros ou não por causa da NATO? Eu acredito que a América é mais forte por causa das suas alianças. Eu acredito que a América não se pode alhear e isolar-se do mundo, a América deve liderar o mundo”, defendeu.