Lisboa abrirá “hotel social” em 2026 para dar assistência a pessoas sem habitação

Equipamento ajudará indivíduos em situação de especial vulnerabilidade. Alimentação, higiene, acompanhamento psicossocial e promoção de competências sociais e profissionais serão ali disponibilizadas.

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Câmara de Lisboa diz que equipamento terá "uma abordagem multidisciplinar e holística" no auxílio aos que dele necessitem Rui Gaudêncio
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A Câmara Municipal de Lisboa aprovou, esta quarta-feira, em reunião de vereação, a construção de um novo alojamento de emergência para pessoas em situação de especial vulnerabilidade e sem habitação, nomeadamente os sem-abrigo. O novo “Hotel Social de Lisboa”, a instalar em dois edifícios municipais contíguos e devolutos, situado na Rua das Olarias, na Mouraria, terá capacidade para acolher 29 indivíduos, prestando-lhes um conjunto de cuidados e valências básicas, enquanto esperam que a sua situação seja analisada e se permita a sua reintegração social.

A empreitada de recuperação e transformação dos imóveis, aprovada por unanimidade dos 17 vereadores, está orçada em cerca de dois milhões de euros, totalmente financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), prevendo-se que o novo equipamento entre ao serviço até ao final de 2026. O novo espaço garantirá uma resposta disponível 24 horas por dia, durante todo o ano. Em nota enviada à comunicação social, o presidente da autarquia, Carlos Moedas (Novos Tempos), fala numa “resposta social inovadora”, integrada no que diz ser a aposta que a câmara está a fazer no reforço do “Estado social local”.

Para além do alojamento para 29 indivíduos, o Hotel Social de Lisboa terá disponível um conjunto de serviços de apoio, como sejam uma cozinha industrial, lavandaria e espaços dedicados a serviços técnicos de apoio. O equipamento pretende, de acordo com a Câmara de Lisboa, “abarcar e responder a um conjunto diversificado e mais alargado de pessoas beneficiárias com necessidade de alojamento urgente e que se encontrem privadas, de forma temporária, de habitação”.

Tal corresponderá, refere a câmara, a uma resposta de “alojamento mais abrangente, inovadora e diferenciadora de carácter transversal, flexível para as pessoas sem enquadramento nas respostas tipificadas, disponibilizando uma intervenção individualizada e integrada. Os que nele procurarem auxílio beneficiarão de apoio multidisciplinar, guiado por uma abordagem holística”, segundo a autarquia.

“A resposta integra um conjunto diversificado de valências, que contemplam as necessidades básicas de subsistência como a alimentação, cuidados de higiene e tratamento de roupas, bem como, acompanhamento psicossocial, promoção de competências pessoais sociais e profissionais e integração social”, explica a autarquia.

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