O Governo de Luís Montenegro prepara-se para adquirir mais aviões militares à brasileira Embraer, dando seguimento, dessa forma, a um acordo que começou a ser tratado entre o anterior Governo socialista de António Costa e o Presidente do Brasil, José Inácio Lula da Silva. Trata-se da aeronave A-29 Super Tucano, que poderá preencher o vazio deixado pelos antigos Alpha Jet da Força Aérea Portuguesa, adquiridos pelo Governo de Cavaco Silva no início dos anos 90 e que deixaram de voar em 2018.

Esta quinta-feira, o Conselho de Ministros aprovou uma resolução que "autoriza o início das discussões técnicas e negociais tendo em vista a eventual aquisição, pelo Estado português, de aeronaves A-29 Super Tucano e a concepção e desenvolvimento da sua configuração NATO".

O A-29 Super Tucano é, segundo descrição da Embraer, um avião de “ataque leve, reconhecimento armado e treino avançado”, que pode fazer “vigilância, interceptação aérea e contra-insurgência”.

Em Abril de 2023, quando se descolou a Portugal, Lula da Silva assinou com António Costa, segundo nota oficial de então, um memorando de entendimento que visava "o desenvolvimento de tecnologias relacionadas com o avião A-29 Super Tucano, na sua recém-lançada versão A-29N voltada para responder às necessidades dos países membros da NATO".

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O memorando foi assinado nas instalações da OGMA, em Alverca, Vila Franca de Xira, e envolvia a participação de várias empresas portuguesas como o Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto (CEiiA), a Empordef Tecnologias de Informação (ETI), a GMV e a OGMA (Oficinas Gerais de Material Aeronáutico).

Em 2019, Portugal já tinha comprado à Embraer cinco KC-390, aviões de transporte estratégico, por 872 milhões de euros.