Portugal submete quinto pedido de pagamento do PRR no valor de 2900 milhões

Antes de desbloquear as verbas, a Comissão Europeia veririfca se Portugal cumpriu 27 marcos e 15 metas.

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Manuel Castro Almeida Rui Gaudêncio
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O Governo português submeteu na quarta-feira à Comissão Europeia o quinto pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no valor de 2900 milhões de euros, informou o ministério da Coesão Territorial.

Trata-se da maior tranche a receber por Portugal, até ao momento, e contempla 1650 milhões de euros em subvenções e 1250 milhões em empréstimos, destaca um comunicado enviado pelo gabinete de Castro Almeida.

O desbloqueio das verbas relativas ao pagamento agora solicitado será efectuado após verificação, por parte da Comissão Europeia, do cumprimento de "27 marcos e 15 metas", acrescenta.

"Após a avaliação do pedido, a Comissão Europeia enviará ao Comité Económico e Financeiro a sua avaliação preliminar do cumprimento dos marcos e objectivos exigidos a Portugal para este pagamento", ressalva o ministério.

O quinto pedido de pagamento do PRR, no valor global de 3200 milhões de euros (2900 milhões líquidos, excluindo adiantamentos) contempla reformas em áreas como "eficiência energética, gestão de resíduos, simplificação fiscal ou mercado de capitais".

Engloba igualmente "investimentos significativos" em "habitação, transportes públicos sustentáveis, capitalização de empresas, digitalização, modernização do sistema fiscal e aduaneiro", assim como "prevenção de incêndios".

Citado no comunicado, o ministro da Coesão Territorial lembra que este pedido de pagamento "devia ter sido realizado no primeiro trimestre do ano" e destaca que, com a sua submissão à Comissão Europeia, Portugal recupera dos "atrasos" na execução do PRR.

"Em menos de três meses desbloqueámos as verbas retidas em Bruxelas relativas ao terceiro e quarto pedidos e submetemos o quinto. A partir de agora cabe-nos cumprir atempadamente o calendário", destacou Castro Almeida.

O próximo objectivo, de acordo com o governante, será "apresentar o sexto pedido no outono".

"Nessa altura poderemos dizer que Portugal está a cumprir o calendário previsto", aponto o ministro da Governo liderado pela coligação PSD/CDS-PP.