Operação Pretoriano: Fernando Madureira continua em prisão preventiva

Hugo Carneiro saiu de prisão preventiva, ficando apenas o antigo líder dos Super Dragões detido a aguardar acusação no processo.

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Fernando Madureira, líder dos Super Dragões Paulo Pimenta/Arquivo
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O Tribunal da Relação do Porto decidiu novamente manter Fernando Madureira, ex-líder da claque Super Dragões, em prisão preventiva no âmbito da Operação Pretoriano. Hugo Carneiro, membro influente da claque e outro dos detidos no processo, foi retirado do regime de prisão preventiva.

Apesar de ser libertado, Hugo Carneiro fica obrigado a apresentar-se três vezes por semana na esquadra da polícia mais perto do local de residência. Esta obrigação estende-se ainda aos horários de jogo do FC Porto, sendo ainda proibido o contacto com qualquer elemento dos Super Dragões.

A Operação Pretoriano investiga os incidentes ocorridos na Assembleia Geral (AG) do FC Porto, a 13 de Novembro de 2023. O Ministério Público (MP) considera que a claque Super Dragões procurou "criar um clima de intimidação e medo", para que fosse aprovada a revisão estatutária "do interesse" da então direcção "azul e branca", liderada por Pinto da Costa. Um dos alegados mentores deste clima seria Adelino Caldeira, administrador à data da SAD portista. O responsável negou todas as imputações.

Foram os desacatos nesta assembleia geral, manchada por agressões a sócios portistas, que originaram o arranque da Operação Pretoriano. As autoridades cumpriram mandados de busca domiciliária a 31 de Janeiro e procederam à detenção de 12 pessoas. Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, e a mulher, Sandra Madureira, foram dois dos detidos. Neste grupo incluía-se ainda Fernando Saúl, oficial de ligação aos adeptos do FC Porto e speaker no Estádio do Dragão. A PSP apreendeu uma arma de fogo, drogas e milhares de euros durante as buscas aos 12 detidos.

O MP aponta para a distribuição de pulseiras de acesso à AG a vários membros dos Super Dragões, muitos dos quais não seriam associados do FC Porto – condição para aceder a esta reunião. A segurança terá facilitado no acesso destes elementos, recrutados por Madureira para criar o ambiente favorável à direcção liderada por Pinto da Costa. André Villas-Boas, o agora presidente do clube, marcou presença no local, criticando a fraca organização da AG.

Fernando Madureira liderou a principal claque de apoio dos "dragões" durante mais de duas décadas, decidindo renuncia à liderança dos Super Dragões após serem levantadas suspeitas de que terá lucrado com a venda ilegal de bilhetes cedidos gratuitamente pelo clube ao abrigo do protocolo entre FC Porto e claque.

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