Macron “alimentou os extremos” e acaba a morrer nas suas mãos. E agora, França?

Centro e esquerda apostam nas desistências de candidatos que os dividam para tentar uma “barragem” à direita radical. Mas o risco de o país ficar bloqueado é real.

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A grande incógnita da segunda volta é saber que indicação de voto dará o centro de Macron LAURENT GILLIERON / EPA
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Nada está decidido até ao último voto ser contado no domingo, mas a vitória da direita radical da União Nacional na primeira volta das legislativas de França não permite antever nenhum cenário favorável ao país no próximo ano – o risco da assembleia nacional ficar bloqueada é cada vez mais real. Os esforços que o centro e a esquerda estão a fazer para concentrar os votos e fazer uma “barragem” ao partido liderado por Jordan Bardella, apelando à desistência dos menos bem posicionados, não são acompanhados por uma clarificação política. Continua a incógnita de quem irá governar se for possível fazer uma “geringonça” à francesa, mantêm-se as divisões programáticas, ideológicas e até pessoais e Emmanuel Macron não conseguiu aplacar as divisões internas na sua área política. E agora, França?

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