Inflação volta a abrandar em Junho, para 2,8%

Estimativa rápida do INE indica abrandamento da inflação em Junho, mas preços da energia sobem.

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Produtos energéticos ficaram mais caros em Junho Paulo Pimenta
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Depois de terem acelerado em Maio, os preços recuaram abaixo dos 3% em Junho. De acordo com a estimativa rápida do Índice de Preços no Consumidor (IPC) divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de variação homóloga referente a Junho está estimada em 2,8%.

São menos 0,3 pontos percentuais que os 3,1% registados em Maio e uma variação nula face ao mês anterior. Ainda assim, tanto o índice relativo aos produtos energéticos quanto aos produtos alimentares não transformados subiram em termos mensais, com variações de 1,95% e 0,18%, respectivamente, face a Maio.

Em termos homólogos, o índice relativo aos produtos energéticos acelerou 9,4% em Junho (7,8% no mês precedente), mais que o índice referente aos produtos alimentares não transformados, que registou uma subida de 2% e desacelerou face aos 2,5% em Maio.

Já os preços dos produtos alimentares transformados terão subido 4,01% face ao ano anterior.

O indicador de inflação subjacente (que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 2,3%, abaixo dos 2,7% de Maio (os dados finais da inflação serão conhecidos a 10 de Julho).

O INE estima uma variação média nos últimos doze meses de 2,5% (2,6% no mês anterior).

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), que permite comparar preços a nível europeu português terá registado uma variação homóloga de 3,1% (3,8% no mês precedente).

Segundo o INE, esta redução “deve-se em grande medida à redução dos preços dos hotéis, cuja aceleração registada em Maio se deveu essencialmente a um evento cultural de dimensão relevante ocorrido em Lisboa”, nomeadamente os concertos da cantora norte-americana Taylor Swift.

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