Conhecidos os finalistas do Prémio Novos Artistas Fundação EDP

Trabalham todos, pelo menos parcialmente, em Lisboa. Alice dos Reis, Evy Jokhova, Francisco Trêpa, Inês Brites, Maja Escher e Sara Chang Yan habilitam-se a ganhar 20 mil euros.

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Da esquerda para a direita: Francisco Trêpa, Maja Escher e Inês Brites na fila de cima; Sara Chang Yan, Evy Jockova e Alice dos Reis na fila de baixo DR
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Alice dos Reis, Evy Jokhova, Francisco Trêpa, Inês Brites, Maja Escher e Sara Chang Yan são os finalistas da 15.ª edição do Prémio Novos Artistas Fundação EDP, distinção que reconhece os melhores talentos emergentes portugueses, ou a trabalhar em Portugal, na área das artes plásticas e visuais. O júri, constituído por Catarina Rosendo (historiadora de arte), Luís Silva (co-director da Kunsthalle Lissabon) e Sérgio Mah (director-adjunto do Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, MAAT, instituição tutelada pela Fundação EDP), avaliou mais de 800 candidaturas para escolher estes seis nomes, que em 2025 participarão numa exposição colectiva no MAAT. O vencedor do Prémio Novos Artistas Fundação EDP, que será revelado só no próximo ano e no contexto da exposição, recebe 20 mil euros.

Alice dos Reis é artista visual e realizadora. Nasceu em 1995, em Lisboa, e trabalha entre a capital e Amesterdão (Países Baixos). Já mostrou os seus filmes em festivais como o Doclisboa, o IndieLisboa, o Curtas Vila do Conde e o Sheffield DocFest, em Inglaterra. O seu trabalho também já integrou várias exposições individuais e colectivas, em espaços como o Museu de Serralves, a Galeria Municipal do Porto, as Galerias Municipais de Lisboa, a Kunsthalle Lissabon, o Palais de Tokyo (Paris), o pólo turinês da Gallerie d’Italia, o Eye Filmmuseum (Amesterdão) ou a instituição Canal Projects, em Nova Iorque. Venceu o prémio de fotografia Novo Banco Revelação em 2019, tendo um ano depois fundado com Isadora Neves Marques a editora de poesia independente Pântano Books.

Evy Jokhova é uma artista cujo trabalho, lê-se na sua nota biográfica, explora os “diálogos e relações entre a antropologia social, a arquitectura, a filosofia e a arte”, dividindo-se entre várias disciplinas: desenho, escultura, instalação, som, vídeo, performance. Nasceu em 1984, na Suíça, e trabalha entre Lisboa e Talin, capital da Estónia. Em Novembro de 2022, iniciou uma trilogia de exposições individuais intitulada Três Cores (ou Three Colours), apresentando a primeira mostra, Green (“Verde”), na galeria 3+1, em Lisboa. A segunda parte, Sombra, foi inaugurada em Junho do ano passado na Galeria Municipal de Arte de Almada. Jokhova é, desde há dez anos, a força motriz do projecto de pesquisa colaborativa Allotment, que “explora as relações sociais e as políticas culturais por meio da comida”.

Francisco Trêpa (n. 1995) é artista visual. Já expôs internacionalmente, sempre no âmbito de mostras colectivas. Quanto aos seus trabalhos individuais, têm sido sempre acolhidos por espaços lisboetas. Flor-Cadáver, a sua exposição mais recente, esteve patente na Galeria Foco entre 4 de Abril e 12 de Maio deste ano. Trêpa já se apresentou também na galeria CABANAmad, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência e no Museu Bordalo Pinheiro, por exemplo.

Inês Brites nasceu em Coimbra, em 1992, mas reside em Lisboa. Trabalha com a escultura e a instalação. As suas exposições individuais mais recentes incluem estrela-lágrima, na 3+1 (2024), e interroguei os espíritos dos corredores, na livraria da Galeria Zé dos Bois (2023).​ Usando técnicas pouco ortodoxas, a artista questiona o significado dos objectos, analisando o impacto destes corpos no indivíduo, na sociedade e na cultura, através das memórias do nosso quotidiano e intimidade”, lê-se na sinopse de estrela-lágrima. Brites dinamizou, entre 2019 e 2022, o projecto Ciclo de Amizades, no âmbito do qual convidava artistas a colaborar com ela e montar uma exposição a meias no seu atelier.​​

Maja Escher nasceu em Santiago do Cacém, em 1990, e vive e trabalha entre Lisboa e Odemira. Cria instalações a partir de um processo que envolve “desenhos, objectos encontrados, dinâmicas colaborativas e métodos de trabalho de campo”. “Barro, canas, corda, pedras, vegetais e outros materiais compostáveis são combinados com adivinhas, ditados e canções, criando uma tensão entre espiritualidade e ciência, magia e tecnologia”, lê-se na sua biografia. Tem-se apresentado sobretudo em Lisboa, mas também em São Luís, Montemor-o-Novo e, no âmbito de mostras colectivas, Madrid. Pedras de Raio, a sua exposição mais recente, esteve entre Fevereiro e Abril na galeria Monitor, em Lisboa.

Sara Chang Yan trabalha entre Lisboa, onde nasceu em 1982, e os Açores. O desenho é a disciplina principal da sua prática, que frequentemente se traduz na criação de instalações. Já há nove anos vencera a primeira edição do Prémio de Artes Visuais para Jovens Criadores, uma distinção trienal criada pela Fundação Calouste Gulbenkian. Já trouxe por diversas vezes o seu trabalho à galeria lisboeta Madragoa, onde apresentou as mostras individuais Estar em P (2022), Um plano tangível e infinito (2018) e Escuto o Silêncio, Fala Inteiro e com Precisão (2016). Também já expôs no Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, na Ribeira Grande, e em Lyon (na galeria La BF15), por exemplo.​

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