Reencontro de França e Países Baixos sob o efeito da máscara de Mbappé

Segundo e sétimo do ranking FIFA e antigos campeões europeus voltam a medir forças, agora para agilizar a qualificação.

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Lisi Niesner / REUTERS
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França e Países Baixos, os dois pesos-pesados do Grupo D da fase final do Campeonato da Europa de 2024, decidem, esta noite (20h, SIC), em Leipzig, a liderança do grupo que conta ainda com Polónia e Áustria, selecções derrotadas na ronda inaugural.

Para este reencontro entre o vencedor e o segundo classificado do Grupo B da fase de qualificação para o Euro da Alemanha, mais do que o comparativo de títulos europeus — favorável (2-1) aos franceses — ou dos duelos mais recentes em que a França se impôs por 4-0 em Paris e por 1-2 em Amesterdão, em Março e Outubro de 2023, importa saber em que condições se apresentará o capitão francês Kylian Mbappé depois da fractura do nariz.

Em foco, na sequência da posição política assumida, o atacante francês e pedra basilar da segunda selecção do ranking FIFA — autor de quatro (duplo bis) dos seis golos obtidos pelos “bleus” frente aos neerlandeses na corrida à fase final do Euro 2024 —, sofreu uma fractura no jogo com a Áustria e, mesmo já tendo integrado os treinos de Paderborn, de preparação para o embate com a formação de Ronald Koeman, será ainda alvo de avaliação antes da decisão final de Didier Deschamps. Em conferência de imprensa, o seleccionador francês desdramatizou a situação, apostando na recuperação do atacante.

É, pois, plausível que o ex-PSG vá a jogo para ajudar a equilibrar as contas em fases finais, onde os neerlandeses levam vantagem, com dois triunfos (4-1 em 2008; e 3-2 em 2000, ano em que a França foi campeã) e um nulo em Anfield, nos “quartos” do Euro 1996, decidido nos penáltis... a favor dos franceses.

Em termos de forma colectiva, a selecção dos Países Baixos surge mais inspirada, acumulando resultados bastante animadores, sobretudo desde a derrota no jogo particular com a Alemanha, o mesmo adversário que impôs, igualmente, o último desaire aos franceses.

A vice-campeã mundial apresenta, contudo, um percurso menos fulgurante na recta final desta aproximação ao Euro, com um nulo frente ao Canadá a anteceder entrada modesta no torneio. Estreia com uma vitória à justa sobre os austríacos, na sequência de um autogolo em lance “inventado” precisamente por Mbappé.

Do estado físico do agora astro do Real Madrid dependerá, em boa medida, a distribuição da fatia de favoritismo, que parece pender mais para o lado da selecção francesa, apesar de os números das duas selecções não ajudarem os mais indecisos. Onze participações para cada lado, com o confronto directo a dar ligeira vantagem à França (15 triunfos e quatro empates em 30 jogos), apesar da veia ligeiramente mais goleadora dos neerlandeses (57-53).

Nesse plano, Mbappé teria sempre uma palavra a dizer, tendo na sessão de adaptação ao relvado do Red Bull Arena, em Leipzig, aparecido com uma máscara tricolor, que, caso vá a jogo, terá de substituir por outra.

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