Sector cultural francês une-se para tentar travar a extrema-direita

Receio de que o partido de Marine Le Pen vença as eleições está a mobilizar artistas e agentes culturais. Tiago Rodrigues ainda acredita que a “lucidez democrática” dos franceses evitará o pior.

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Manifestação de sábado nas ruas de Paris contra o o partido de extrema-direita Rassemblement National (RN), liderado por Marine Le Pen Benoît Tessier/REUTERS
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Cerca de centena e meia de trabalhadores das artes do palco manifestaram-se na quinta-feira em Paris, numa concentração convocada ainda antes das eleições europeias pelo Synpact-CGT e por outros sindicatos do sector do espectáculo, e que se destinava a protestar contra a política de “austeridade cultural” do governo de Emmanuel Macron. Mas a dissolução da Assembleia Nacional e o risco de que o partido de extrema-direita Rassemblement National (RN), liderado por Marine Le Pen, possa vencer as próximas eleições legislativas, cujas duas voltas se disputarão a 30 de Junho e a 7 de Julho, converteram de repente os cortes orçamentais num problema menor face ao receio de que possa estar ameaçada a própria ideia de serviço público de cultura, cuja progressiva disseminação na Europa deve aliás muito à França.

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