Haris Pasovic: “A guerra não tem nada de bom, nem sequer como fonte de inspiração”

O encenador bósnio ficou “devastado” com a invasão russa, que lhe recordou a sua própria experiência nos Balcãs. Traz a Aveiro a sua peça mais recente sobre o mundo das pessoas com incapacidades.

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O encenador bósnio Haris Pasovic está em Aveiro no âmbito do projecto New Deal of Arts and Democracy ADRIANO MIRANDA
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Quando a sua cidade natal, Sarajevo, foi cercada pelas forças jugoslavas, situação que se arrastou durante quase quatro anos, o encenador bósnio Haris Pasovic, que estava em Amesterdão, regressou a casa para organizar um festival de teatro. Tornou-se célebre a adaptação de À Espera de Godot que encenou com Susan Sontag em pleno cerco. A guerra esteve sempre como pano de fundo da carreira de Pasovic, mas a sua vida seria mais feliz, garante, se os Balcãs se tivessem mantido em paz. Está por estes dias em Aveiro como curador do ciclo New Deal of Arts and Democracy, que decorre no Teatro Aveirense até domingo, e no qual irá mostrar esta noite The World of Possibilities, uma peça sobre pessoas com deficiência que é, acima de tudo, uma homenagem à vontade de viver.

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