A Volta a Portugal deste ano começa a subir

A prova arranca a 24 de Julho e termina a 4 de Agosto, numa extensão total de 1540 quilómetros.

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A edição deste ano da Volta a Portugal vai decorrer entre os meses de Julho e Agosto LUÍS FORRA / LUSA

O Observatório de Vila Nova regressa ao percurso da Volta a Portugal em bicicleta, surgindo logo na primeira etapa de uma 85.ª edição, apresentada nesta quarta-feira, e que terá três chegadas em alto nos primeiros cinco dias.

A Volta deste ano arranca com um prólogo em Águeda, em 24 de Julho, e percorre um total de 1540,1km até Viseu, onde, em 4 de Agosto, será coroado o sucessor de Colin Stüssi (Vorarlberg) após um contra-relógio individual.

Depois de 5600 metros de prólogo em Águeda, que volta a receber um arranque da Volta depois da edição de 1987, o pelotão sai de Sangalhos, em Anadia, até ao Observatório de Vila Nova, uma contagem de primeira categoria em Miranda do Corvo, que se estreou em 2022, com vitória de Frederico Figueiredo, e esteve ausente no traçado do ano passado.

A segunda etapa evoca os 50 anos do 25 de Abril de 1974, imitando o percurso entre Santarém e Lisboa da coluna liderada por Salgueiro Maia, no dia da Revolução dos Cravos, com 164,5km entre Santarém e Marvila, em Lisboa, na primeira oportunidade para os sprinters.

A tão temida como lendária subida à Torre, de categoria especial, chega este ano logo ao quarto dia de corrida, numa tirada que parte do Crato e termina 161,2km depois no ponto mais alto de Portugal continental, em plena Serra da Estrela.

Na jornada seguinte, e antes do dia de descanso, o pelotão chega à Guarda após 164,5km iniciados no Sabugal, num novo final "empinado" e, neste caso, empedrado, com a meta a coincidir com uma contagem de montanha de terceira categoria.

As duas etapas seguintes ao dia de descanso são disputadas para lá do Marão, com 176,8km entre Penedono e Bragança na sexta tirada, recebendo aquela capital de distrito a partida seguinte, rumo a Boticas, esta com cinco contagens de montanha, a última de primeira categoria, na Aldeia de Torneiros.

Com menos 50 quilómetros em relação à edição de 2023, em que o suíço Colin Stüssi (Vorarlberg) se impôs ao pelotão nacional - voltando este ano para tentar o "bis" -, o traçado apresenta várias passagens familiares.

Viseu, que tinha acolhido o arranque em 2023, serve este ano de pano de fundo para o último ato da 85.ª edição, com 26,7km de "crono" que farão as últimas diferenças entre ciclistas, na oitava vez em que a corrida termina nesta cidade, este ano Cidade Europeia do Desporto.

Em 3 de Agosto, na nona e penúltima etapa, será o Monte Farinha a pôr todos no lugar, com a subida de primeira categoria a encerrar os 170,8km começados na Maia a caminho de nova romaria à Senhora da Graça, numa jornada que inclui ainda as serras do Marão e do Alvão.

Ambas habituadas a estas lides, Viana do Castelo e Fafe recebem partida e chegada, respectivamente, da oitava etapa, outra oportunidade para velocistas, se forças houver, depois de outra chegada propícia, na sétima etapa, disputada entre Felgueiras e Paredes.

Já assumido é outro factor importante na disputa da Volta, a prova "rainha" do calendário velocipédico português, no caso o forte calor que se prevê para os 11 dias de competição.

De fora fica a Serra do Larouco, em Montalegre, que tem sido palco de decisões, desde logo no ano passado, uma vez que foi aqui que Colin Stüssi venceu e conquistou a camisola amarela, para nunca mais a largar, depois de uma edição em que a primeira metade foi muito menos dura do que será desta feita.

Entre as 17 equipas presentes, destaque para a Vorarlberg, do actual campeão, em busca de defender o título de 2023, e as espanholas Caja Rural, Euskaltel-Euskadi, Kern Pharma e Burgos-BH, as únicas do segundo escalão internacional.

As proponentes internacionais incluem a Parkhotel Valkenburg, dos Países Baixos, a Echelon Racing, dos Estados Unidos, e a mexicana Petrolike, que se juntam às formações nacionais.

A Sabgal-Anicolor é o principal destaque do contingente luso, com o uruguaio Mauricio Moreira, vencedor em 2022, à cabeça, à qual se juntam ABTF-Feirense, AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense, Aviludo-Louletano-Loulé Concelho, Credibom-LA Alumínios-MarcosCar, Efapel, Gi Group Holding-Simoldes-UDO, Rádio Popular-Paredes-Boavista e Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua.

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