Biden e Macron chegam a acordo sobre a utilização de activos russos na Ucrânia

O anúncio foi feito pelo Presidente dos EUA, que se encontra em visita de Estado a França no âmbito das celebrações do Dia D.

Foto
Os chefes de Estado chegaram a um acordo, segundo Biden CHRISTOPHE PETIT TESSON / POOL / VIA REUTERS
Ouça este artigo
00:00
01:25

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revelou este domingo que havia chegado a um acordo com o Presidente francês, Emmanuel Macron, sobre o uso de lucros de activos russos congelados para ajudar a Ucrânia.

Questionado sobre se os dois líderes tinham discutido o tema e se tinham chegado a um acordo, Biden respondeu: "Sim e sim."

O G7 e a União Europeia estão a ponderar utilizar os lucros gerados pelos activos russos congelados no Ocidente para conceder à Ucrânia um grande empréstimo inicial agora e garantir o financiamento de Kiev até 2025.

Cerca de 260 mil milhões de euros (280,9 mil milhões de dólares) em fundos do banco central russo estão congelados em todo o mundo, a maior parte na União Europeia. Os fundos geram 2,5 mil milhões a 3,5 mil milhões de euros por ano em lucros, que a UE diz não serem contratualmente devidos à Rússia e que, por isso, representam um lucro inesperado.

A ideia, defendida pelos Estados Unidos, é utilizar este lucro como um fluxo de receitas estável para servir um grande empréstimo de 50 mil milhões de dólares que poderia ser obtido no mercado. A Rússia diz que qualquer desvio dos lucros dos seus fundos congelados equivaleria a um furto.

A exploração dos lucros dos activos russos tem suscitado preocupações em alguns países, mas um funcionário do Tesouro dos EUA disse na terça-feira que os Estados Unidos e os seus parceiros do G7 estavam a fazer progressos.