Como ter a certeza que posso votar em menos de 15 minutos?

Onde estão as mesas de voto? E como pode saber onde há menos fila? O processo será seguro? O PÚBLICO reuniu estas e outras respostas para as eleições do próximo domingo.

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O tempo de espera em cada local de voto poderá ser acompanhado em tempo real MANUEL DE ALMEIDA / LUSA
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Pela primeira vez, os eleitores vão poder votar fora do seu local de recenseamento, numa qualquer mesa de voto à sua escolha ― no território nacional, ou no estrangeiro ― sem inscrição prévia. Outra das novidades das eleições de domingo é que os eleitores poderão escolher qual o local de voto com o menor tempo de espera.

Onde posso votar este domingo?

Em qualquer mesa à sua escolha. A novidade surge graças à desmaterialização dos cadernos eleitorais que permitirá aos eleitores votar em qualquer mesa à sua escolha, tendo para isso de ter o seu documento de identificação civil (no caso dos eleitores de nacionalidade portuguesa, este documento pode ser cartão de cidadão, bilhete de identidade, passaporte ou carta de condução).

Como posso votar em menos de 15 minutos?

O processo é simples. Basta consultar o Portal do Eleitor. Lá será possível acompanhar em tempo real o tempo de espera em cada local de voto e até filtrar as mesas que estão com tempo de espera inferior a 15 minutos. Poderá ainda filtrar quais os locais com tempos de espera inferior a 30 minutos (e os que estão a demorar mais do que isso).

Como posso consultar as mesas disponíveis?

Para saber onde ficam as mesas de voto mais perto da sua localização basta aceder ao Portal do Eleitor. Lá pode colocar uma morada à sua escolha e seleccionar a distância em quilómetros que lhe interessa. O motor de busca irá devolver-lhe o número de locais disponíveis no raio seleccionado.

No dia 9 estarei fora de Portugal. Também posso votar no estrangeiro?

Sim, e o processo é exactamente igual ao que seria se votasse em território nacional. Se estiver em Madrid, por exemplo, pode votar na embaixada ou no consulado português, apresentando para isso apenas o seu documento de identificação civil e sem qualquer inscrição prévia. O mesmo se estiver do outro lado do Atlântico. Se estiver no Rio de Janeiro, também poderá votar sem qualquer inscrição no consulado.

Como funcionam os cadernos desmaterializados?

O eleitor apresenta-se à mesa de voto com a sua identificação. A confirmação da sua identidade pode então ser feita de duas maneiras: no caso de cartão de cidadão, a identidade será confirmada através da leitura electrónica do cartão. Caso o eleitor tenha outro documento de identificação civil (como passaporte, carta de condução ou ainda bilhete de identidade) então haverá uma pesquisa manual dos dados do eleitor nos computadores para esse efeito (com base nos dados que constam no documento de identificação civil).

Quantos computadores existem? E para que servem?

Foram adquiridos 29 mil computadores, dos quais, segundo a ministra da Administração Interna, 20% são computadores extra caso haja algum problema nas mesas que exija a substituição imediata do equipamento. Estes equipamentos serão apenas usados como cadernos eleitorais e com acesso exclusivo às aplicações e funcionalidades directamente relacionadas com o processo de votação​.

O processo é seguro?

Quer o Governo quer a Comissão Nacional de Eleições (CNE) garantem que a segurança do processo foi acautelada. As comunicações dos equipamentos informáticos com a base de dados central são asseguradas através de redes privadas virtuais, acesso de dados móveis ou circuitos dedicados ao processo eleitoral.​

E se houver problemas?

A ministra da Administração Interna assegurou que "há um plano B para o caso de algo correr mal". A ministra esclareceu que, no caso de haver uma falha a nível de equipamento, os 20% de computadores adquiridos a mais permitirão a sua substituição imediata. Haverá ainda uma linha de apoio telefónico (com ligação ao data center no Tagus Park, em Oeiras) às mesas de voto, no caso de a primeira solução falhar.

E se falhar a rede?

Sobre os constrangimentos que possam vir a surgir a nível de conexão dos cadernos digitais à rede, haverá routers e cartões de rede entregues aos municípios, adiantou na última semana o ex-ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

Há perigo de faltarem boletins de voto?

Uma vez que a afluência a cada mesa de voto é imprevisível, a CNE afirma que houve um reforço do número de boletins de voto disponíveis nas mesas. Nos locais "onde há uma previsão de que possa haver um maior aglomerado estão criados os mecanismos para que não faltem boletins de voto", afirma Fernando Anastácio, porta-voz da CNE.

E se não tiver documento de identificação civil?

Caso não tenha nenhum documento de identificação civil só poderá votar na mesa de voto em que está recenseado. Fernando Anastácio, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, explica que nos casos em que, por alguma razão, o eleitor não tenha qualquer documento de identificação civil terá de votar no seu local de recenseamento, sendo identificado através de testemunhas, por exemplo, e através da validação dos membros da mesa de voto.

Estava inscrito para votar antecipadamente e não consegui. E agora?

Apenas cerca de 10% dos 252.209 eleitores inscritos para votar antecipadamente não o fizeram. Se é o seu caso, poderá votar em qualquer mesa de voto à sua escolha em Portugal e no estrangeiro no dia 9.

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