Presidente Marcelo cai nas avaliações positivas
Após o pedido de demissão do primeiro-ministro, na sequência da Operação Influencer, Marcelo já tinha tido mais avaliações negativas do que positivas no barómetro da Aximage.
Primeiro foi o barómetro da Intercampus, que anunciou uma queda nas avaliações positivas do Presidente da República, quando comparado com alguns dos seus antecessores, agora é o da Aximage. Numa sondagem divulgada neste sábado pelo Diário de Notícias, TSF e Jornal de Notícias, Marcelo Rebelo de Sousa tem nota negativa de dois terços dos inquiridos (60%) e nem entre os eleitores da AD a marca melhora.
A Aximage não fazia este estudo de opinião desde Abril, altura em que o Presidente tinha até recuperado na popularidade. A perda agora registada acentua-se entre os homens, mais velhos, mas é transversal em todas as regiões, idades, género e classe social.
A sondagem também avalia o nível de confiança dos inquiridos no Presidente da República e no primeiro-ministro, item em que as contas estão equilibradas: Marcelo tem maior confiança, mas apenas por dois pontos percentuais (32%): Luís Montenegro tem 30% e 26% confiam tanto num como no outro.
Os dados revelados pela Aximage nada dizem sobre as razões da perda de popularidade presidencial, mas a peça do Jornal de Notícias e do Diário de Notícias avança com uma explicação, lembrando os comentários de Marcelo no na semana das celebrações dos 50 anos do 25 de Abril, num encontro com correspondentes da imprensa estrangeira.
Foram várias as notícias saídas desse encontro, desde o corte de relações com o filho às críticas ao Ministério Público passando por comentários sobre a "ruralidade" de Luís Montenegro e a lentidão de António Costa, por ser "oriental". Uma das declarações mais polémicas foi, porém, quando o Presidente disse que Portugal devia "pagar os custos do período colonial". "Há acções que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isso", assumiu Marcelo.
Apesar desta explicação, os jornais avançam ainda que a grelha de respostas teve uma ligeira adaptação em relação aos barómetros anteriores, tendo desaparecido a opção “nem bem, nem mal”.
Antes desta queda, Marcelo já tinha tido uma avaliação negativa, após o pedido de demissão do primeiro-ministro, na sequência da Operação Influencer, e da marcação de eleições antecipadas.