Greve dos trabalhadores de museus e monumentos com adesão de quase 100%

Equipamentos culturais como o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, o Picadeiro Real, o Castelo de Guimarães, o Paço dos Duques, a Fortaleza de Sagres ou o Convento de Cristo estiveram encerrados.

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Mosteiro dos Jerónimos Daniel Rocha
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Segundo a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), a greve desta quinta-feira dos trabalhadores dos serviços da empresa pública Museus e Monumentos de Portugal (MMP) teve uma adesão próxima dos 100%, o que levou ao encerramento de vários equipamentos culturais, como o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, o Picadeiro Real, o Castelo de Guimarães, o Paço dos Duques, a Fortaleza de Sagres ou o Convento de Cristo.

A federação de sindicatos ressalva que "os equipamentos que se encontram abertos, por decisão das direcções, estão a funcionar com um número de trabalhadores muito inferior ao normal, o que compromete a segurança e o normal funcionamento" desses espaços.

Anteriormente, o mesmo organismo explicara que esta greve de 24 horas visa exigir o pagamento de horas extraordinárias e "reafirmar a necessidade do cumprimento dos horários de trabalho e dos seus limites legais". Os trabalhadores pretendem, igualmente, que lhes seja "valorizada a sua carreira profissional de vigilância e portaria".

"O conselho de administração da Museus e Monumentos de Portugal assumiu a 3 de Abril passado que já se encontravam apurados todos os pagamentos em falta relativamente ao trabalho suplementar e ao trabalho em dia de feriado. Simultaneamente, assumiu que a regularização seria feita durante esse mesmo mês, o que não se veio a verificar", indicou em comunicado a FNSTFPS.

A Museus e Monumentos de Portugal gere 38 museus e monumentos nacionais distribuídos por todo o país. Contactada pela agência Lusa, fonte da comunicação da MMP disse que a empresa pública "concluiu no passado dia 6 de Maio o pagamento do trabalho suplementar e do trabalho em dias feriados relativos a 2023, na sequência das informações reportadas pelas extintas Direcção-Geral do Património Cultural e Direcções Regionais de Cultura, e transitadas para a nova entidade pública".

"O pagamento da totalidade das horas extraordinárias de 2024 reportadas em conformidade pelos vários museus, monumentos e palácios que integram a MMP, até ao fecho do processamento salarial de Maio, foi concluído no passado dia 14", acrescentou na sua resposta à Lusa a mesma fonte.