A cerimónia assinalava os 50 anos da Revolução dos Cravos com um “canto colectivo” de Grândola, Vila Morena, mas para as centenas de pessoas reunidas na cidade universitária de Santiago de Compostela, o evento não se limitava a celebrar a senha da revolução portuguesa de 1974. Frente ao edifício do Auditório da Galiza, onde a multidão convocada pela Câmara de Santiago ensaiava o compasso dos coros alentejanos, uma placa e um mural recordam que foi naquele mesmo local que, a 10 de Maio de 1972, José Afonso terá cantado pela primeira vez ao vivo a canção escrita em 1964, depois de um concerto em Grândola, e gravada em 1971, em Paris, no álbum Cantigas de Maio.