Brasil e China apelam a negociações de paz directas entre Rússia e Ucrânia

Os dois países sugerem a realização de uma conferência internacional de paz “numa data oportuna, aceite pela Rússia e pela Ucrânia, com a participação equitativa de todas as partes”.

Foto
O uso de armas de destruição em massa, especialmente armas nucleares ou armas químicas e biológicas, deve ser rejeitado, disseram o Brasil e a China HANDOUT / REUTERS
Ouça este artigo
00:00
01:23

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O Brasil e a China assinaram uma declaração conjunta, a que a Reuters teve acesso, a apelar a negociações de paz no conflito entre Rússia e Ucrânia com a participação de ambos os países.

No documento, assinado por Celso Amorim, assessor-chefe do Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, e pelo ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, Brasília e Pequim entendem que a negociação é a única solução viável para a "crise da Ucrânia".

Os dois países apoiam a realização de uma conferência internacional de paz "numa data oportuna, aceite pela Rússia e pela Ucrânia, com a participação equitativa de todas as partes, bem como a discussão de todos os planos de paz", refere o documento.

Dezenas de outros países vão participar em Junho numa cimeira organizada pela Suíça, onde se espera abrir a discussão de um plano de paz A Rússia não foi convidada para o encontro.

Na declaração conhecida esta quinta-feira, o Brasil e a China apelam também a todas as partes relevantes que reconheçam três princípios para a resolução do conflito: o fim da expansão do campo de batalha, o abrandamento da escalada da guerra e a não provocação por nenhuma das partes.

O uso de armas de destruição em massa, especialmente armas nucleares ou armas químicas e biológicas, deve ser rejeitado, consideram o Brasil e a China, acrescentando no documento que "todos os esforços possíveis devem ser feitos para impedir a proliferação nuclear e evitar uma crise nuclear".