Exército israelita mata oito palestinianos, dois menores, em raide a Jenin

Forças de Defesa de Israel alegam ter recebido “informações que indicavam actividade terrorista” em Jenin, na Cisjordânia ocupada. Duas das vítimas têm 15 e 16 anos.

Fires burn at a roundabout during Israeli military operation in Jenin, in the Israeli-occupied West Bank, May 21, 2024. REUTERS/Raneen Sawafta
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Pelo menos oito palestinianos foram mortos em Jenin nas últimas 24 horas Raneen Sawafta
A girl walks next to cars destroyed during an Israeli military operation in Jenin, in the Israeli-occupied West Bank, May 21, 2024. REUTERS/Raneen Sawafta
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Carros destruídos durante incursão israelita em Jenin, na Cisjordânia Raneen Sawafta
epa11357553 Israeli military vehicles in Jenin refugee camp during an sraeli raid 21 May 2024. At least seven Palestinians including a doctor, a schoolteacher and two students, were killed and at least nine others injured on 21 May, after an Isareli army operation in the West Bank city of Jenin and its camp. EPA/ALAA BADARNEH
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Veículos militares israelitas no campo de refugiados de Jenin ALAA BADARNEH
epaselect epa11358245 A Palestinian man walks past rising smoke during an Israeli army raid in the Jenin refugee camp, 21 May 2024. At least seven Palestinians including a doctor, a schoolteacher and two students, were killed and at least nine others injured on 21 May, after an Israeli army operation in the West Bank city of Jenin and its camp. EPA/ALAA BADARNEH
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Raide foi lançado na madrugada de terça-feira ALAA BADARNEH
epa11357565 Israeli military vehicles in Jenin refugee camp during an sraeli raid 21 May 2024. At least seven Palestinians including a doctor, a schoolteacher and two students, were killed and at least nine others injured on 21 May, after an Isareli army operation in the West Bank city of Jenin and its camp. EPA/ALAA BADARNEH
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Cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada ALAA BADARNEH
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O Exército israelita lançou na madrugada desta terça-feira uma operação militar na cidade de Jenin, no Norte da Cisjordânia, no que descreve como "operação de contraterrorismo", e matou oito palestinianos, dois deles menores.

A operação "de grande envergadura", como descreve a agência Reuters, envolveu dezenas de veículos militares, incluindo bulldozers blindados, e prolonga-se há quase 24 horas na cidade de Jenin e no campo de refugiados adjacente.

Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), a "operação de contraterrorismo" foi realizada em conjunto com o Shin Bet (serviços secretos internos), que teria reunido "informações que indicavam actividade terrorista" em Jenin.

"Unidades à paisana invadiram a área de repente e dispararam contra qualquer corpo em movimento na rua", relata Hazim Masarwa, condutor de ambulâncias na cidade, citado pela Reuters.

De acordo com as autoridades palestinianas, entre as vítimas mortais estão um professor e um médico-cirurgião, ambos mortos a caminho do trabalho, e um estudante de 22 anos. Foram também assassinados dois menores, de 15 e 16 anos.

Há ainda mais de 20 feridos, entre os quais o jornalista palestiniano Amr Manasra, de 25 anos, baleado pelas tropas israelitas. O Exército garante estar a investigar "acusações" sobre feridos "não envolvidos" — como se refere aos civis.

"O Hospital de Jenin é o mais importante da região e está cercado", denuncia o director do hospital, Wissam Baker, à Reuters. "Parece que as próximas horas serão difíceis, a ocupação está a reunir mais forças."

Também a agência de notícias palestiniana Wafa e o Crescente Vermelho confirmam o cerco militar ao hospital.

De Jenin chegam ainda relatos da "destruição deliberada de infra-estruturas e propriedades, incluindo estradas e bancas de vendas", "ocupação de casas" e "snipers posicionados em telhados ou janelas de edifícios", adianta a Wafa.

Desde 7 de Outubro do ano passado, dia dos ataques do Hamas em território israelita, que a violência na Cisjordânia ocupada se intensifica. Do lado palestiniano, pelo menos 513 foram mortos por soldados e colonos israelitas, incluindo mais de uma centena de crianças. Outros 8800 foram detidos nos últimos sete meses. Do lado de Israel, 12 pessoas foram mortas.

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