Técnicos de diagnóstico e terapêutica marcam greve para 7 de Junho
Estão assegurados serviços mínimos durante a paralisação de 24 horas. Para o mesmo dia está marcada ainda uma concentração em frente ao Ministério da Saúde.
O Sindicato Nacional de Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) marcou uma greve nacional para 7 de Junho, contestando o facto de a ministra da Saúde ainda não ter reunido com estes profissionais, ao contrário do que fez com outros grupos profisisonais. Estão assegurados serviços mínimos durante a paralisação de 24 horas. Para o mesmo dia está marcada ainda uma concentração em frente ao Ministério da Saúde.
“Está nas mãos do Governo travar esta greve e outras acções de luta. Os trabalhadores exigem respostas por parte da tutela e que a mesma demonstre interesse em dialogar com todos os profissionais de saúde e não apenas com alguns, ignorando um dos maiores grupos do SNS”, afirma o presidente do sindicato Luís Dupont, num comunicado enviado às redacções.
Na nota, os técnicos de diagnóstico e terapêutica “exigem o agendamento de reunião” com a ministra Ana Paula Martins, com o objecto de se dar início a um protocolo negocial, lamentando “a total e absoluta ausência de resposta aos pedidos de reunião” já efectuados para resolução de problemas existentes.
Segundo o sindicato, existem “problemas de interpretação” nas regras referentes às condições de transição de carreira e de reposicionamento remuneratório e “manutenção de contabilização errada dos pontos de avaliação de desempenho”. Além de outras reivindicações que pretendem ver respondidas, como a atribuição de 1,5 pontos por ano no sistema de avaliação – e que tem impacto na progressão da carreira -, admissão de mais técnicos de diagnóstico e terapêutica e regularização de situações de precariedade e revisão da carreira e das grelhas salariais.
A manter-se esta greve, será a segunda que a a ministra da Saúde enfrenta desde que tomou posse. No dia 10 deste mês, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses realizou uma greve de 24 horas, contestando a não assinatura de um protocolo negocial antes desse dia. Segundo informações dadas à Lusa pelo sindicato, a adesão terá rondado os 76%. Até ao final do mês, Ana Paula Martins irá reunir-se com os sindicatos médicos, dos enfermeiros e dos farmacêuticos para apresentar os protocolos negociais e dar início ao processo negocial.