No FIMFA, Husam Abed mostra-nos a maldição da guerra na vida de um homem

Durante 11 anos, um palestiniano convenceu-se de que levava a guerra consigo para qualquer lugar em que decidisse viver. War Maker é uma peça de responsabilidade – colectiva.

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War Maker, no âmbito do FIMFA, esta terça e quarta-feira, no Teatro São Luiz, Lisboa martin spelda
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Um fósforo como imagem estereotipada: “Nós, palestinianos, somos vistos como aqueles que ateiam fogos", diz Husam Abed. Em War Maker, este fósforo tem a cabeça pintada martin spelda
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Husam Abed quis questionar-se sobre posição e responsabilidade, sobre o papel de cada um nos diversos conflitos martin spelda
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Husam Abed e Karim Shaheen conheceram-se no campo de refugiados de Yarmouk, na Síria. Um campo de refugiados destinado a palestinianos cuspidos para fora das suas terras. Abed cresceu já em Yarmouk e, na altura, estudava química aplicada em Damasco; Shaheen era um artista visual, mas, num primeiro momento, Abed pensou que se trataria de um guerrilheiro, traumatizado pela guerra, enlouquecido por aquilo a que assistira em combate. Porque Karim Shaheen era alguém que gritava durante a noite, dizendo-se o “fazedor (ou rastilho) de guerras”, aquele que levava os conflitos consigo para onde quer que se deslocasse. “Essa frase [“I am the war maker”, em inglês], ficou comigo”, diz agora Husam Abed ao PÚBLICO, antecipando as apresentações de War Maker, no âmbito do FIMFA (Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas), esta terça e quarta-feira, no Teatro São Luiz, Lisboa. “E depois, a frase e a história pessoal dele juntaram-se.”

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