PCP pede mais recursos humanos para resolver processos em atraso na AIMA

“O que AIMA precisa não é de pagamentos adiantados por parte daqueles que querem ver a sua situação regularizada”, criticou o secretário-geral do PCP.

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Paulo Raimundo Nuno Ferreira Santos
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O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, defendeu esta terça-feira que a Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA) necessita de meios humanos e técnicos para resolver os 400 mil processos em atraso.

"A única forma de resolver as questões mais depressa é reforçando a AIMA com gente, com recursos humanos e recursos técnicos, de forma excepcional, que rapidamente resolvam esta questão", afirmou Paulo Raimundo, quando questionado sobre o facto de a agência reclamar o pagamento antecipado de custas.

"O que AIMA precisa não é de pagamentos adiantados por parte daqueles que querem ver a sua situação regularizada", acrescentou o secretário-geral do PCP.

Paulo Raimundo criticou ainda a “pressa” com que se extinguiu o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), decisão que o PCP não acompanhou.

“Nós não acompanhamos a extinção do SEF da forma precipitada que foi, mas apesar de tudo foram dois anos. Nós tivemos dois anos entre a decisão da extinção até à sua extinção. Caramba. Desculpem a expressão, mas foi tempo suficiente para preparar as coisas", referiu, lembrando que não se tratam apenas de processos, mas de 400 mil pessoas.

Para o secretário-geral do PCP faltou "vontade e capacidade política" para dar resposta a estes processos, para os quais disse serem necessárias "medidas extraordinárias".

"Não vale a pena nós andarmos a chorar lágrimas de crocodilo sobre a imigração e depois, na prática, é o próprio Estado a contribuir para que uma parte significativa daqueles que procuram em Portugal uma vida melhor a que têm direito estejam empurrados para a ilegalidade e, na prática, é isso que acontece", acrescentou.

A SIC Notícias noticia esta terça-feira que há imigrantes a dormir à porta da AIMA para conseguir senhas.

Em Outubro de 2023, o Governo de António Costa avançou com a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), passando as suas funções para a AIMA.