Terceira travessia do Tejo também está na agenda do Conselho de Ministros

Corredor Chelas-Barreiro está escolhido há 16 anos e, para fazer a ligação de alta velocidade entre Lisboa e Porto, a linha irá ser feita pela margem sul do Tejo.

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Terceira travessia do Tejo vai somar-se à ponte 25 de Abril e à ponte vasco da Gama Nuno Ferreira Santos
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Para além da localização do novo aeroporto de Lisboa, a agenda do Conselho de Ministros desta terça-feira tem também outro ponto para discussão e aprovação: a decisão sobre a construção da terceira travessia sobre o Tejo, em modelo rodoferroviário, entre Chelas e o Barreiro.

O PÚBLICO apurou que este é o quarto ponto da agenda, não havendo certezas de que o Conselho de Ministros tenha tempo para chegar a esta discussão ainda nesta tarde, tendo em conta a documentação técnica que é preciso analisar.

A terceira travessia do Tejo em Lisboa é assunto de mais de 30 anos – ainda antes de concluída a construção da Ponte Vasco da Gama (inaugurada em 1998). E o corredor Chelas-Barreiro foi decidido em 2008. Esta ponte irá assegurar a ligação de alta velocidade entre Lisboa, Porto e, mais tarde, Madrid.

A opção pela construção do novo aeroporto em Alcochete faz com que o traçado da alta velocidade entre Lisboa e Porto seja desviado para a margem sul do Tejo: a saída da capital será pela nova ponte de Chelas na direcção do Barreiro, inflectindo a linha depois para a esquerda para passar pelo espaço do novo aeroporto, e seguindo para Norte em direcção a Soure e, depois, Porto.

Esta opção não inviabiliza as obras já previstas na alta-velocidade Lisboa-Porto uma vez que estas começam pelo troço mais a Norte, entre Porto e Oiã (no concelho de Oliveira do Bairro).

A antecipação do Conselho de Ministros com a decisão sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa e, em princípio, da terceira travessia do Tejo em Lisboa, serve para que Luís Montenegro chegue ao seu primeiro debate quinzenal, nesta quarta-feira, com mais uma promessa eleitoral cumprida: decidir sobre o aeroporto o mais rápido possível assim que tomasse posse. Em Dezembro, o líder do PSD prometeu que, se fosse primeiro-ministro, tomaria a decisão, "se possível, no primeiro dia" da sua governação.

Não sendo no primeiro dia, o primeiro-ministro consegue, mesmo assim, destrunfar a oposição que tem acusado o Governo de ter passado o primeiro mês sem tomar decisões de peso, a não ser a alteração do logótipo do executivo.

Na passada semana, o executivo apresentou o seu plano para a habitação, prometendo tomar já algumas medidas legislativas em dez dias, e agora assume uma decisão que o país espera há algumas dezenas de anos.

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