Metro de Lisboa prevê devolver casas ocupadas na Travessa do Pasteleiro até final de Setembro

Previa-se que as fracções temporariamente ocupadas fossem devolvidas em Maio, mas o Metro de Lisboa anunciou nesta segunda-feira que isso apenas acontecerá até 30 de Setembro.

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Construção da linha circular do Metro levou à saída temporária de moradores na Travessa do Pasteleiro, em Lisboa Rui Gaudêncio
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O Metropolitano de Lisboa prevê devolver as casas ocupadas temporariamente na Travessa do Pasteleiro até 30 de Setembro de 2024, divulgou a empresa, em comunicado, esta segunda-feira. Os edifícios foram ocupados a propósito do projecto de expansão para a criação da linha circular e da construção das novas estações Estrela e Santos.

Em comunicado, o Metropolitano de Lisboa refere que “os trabalhos de reforço estrutural dos edifícios localizados na Travessa do Pasteleiro, assegurados pelo Metropolitano de Lisboa, no âmbito do Projecto de Expansão da Rede para a criação da Linha Circular, estão concluídos”. Indica-se ainda que, nesta fase, estão a decorrer trabalhos de acabamento no interior das fracções nas zonas que foram intervencionadas, mas que serão concluídos no mês de Maio.

O Metropolitano de Lisboa estendeu o período de ocupação das mais de 30 fracções afectadas que tinha sido previsto inicialmente. As obras de prolongamento das linhas Amarela e Verde do Metro de Lisboa obrigaram à ocupação, durante 16 meses, de alguns imóveis na Travessa do Pasteleiro para serem alvo de intervenções de reforço estrutural e tinham como prazo de entrega o mês de Maio. Agora, a empresa esclarece que, como os imóveis ocupados “não podem ainda ser utilizados em permanência”, o período da ocupação estender-se-á e espera-se que todas as condições estejam reunidas no final de Setembro. Como tal, o Metropolitano de Lisboa “irá proceder ao pagamento do valor adicional de indemnização”.

No início de 2022, o Metro de Lisboa referiu à agência Lusa que “o total dos acordos abrange um valor total de 135 mil euros destinado às indemnizações”. Nessa altura, os afectados por esta ocupação temporária não se opunham à intenção do Metro, mas criticavam a forma como foram tratados. Além das obras, os custos suportados pela transportadora incluem indemnização aos senhorios, residentes e proprietários e "o realojamento dos residentes pelo período da ocupação".

Com um investimento total previsto de 331,4 milhões de euros, a linha circular ligará a estação Rato ao Cais do Sodré, numa extensão de mais dois quilómetros de rede. Tem inauguração prevista em 2025 e irá criar um novo anel circular no centro de Lisboa, a que se somam interfaces com vários modos de transporte.